"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

quarta-feira, março 14, 2018

O CANTE E A REALIDADE

Constato que no Baixo Alentejo, a leitura já não é uma necessidade imperiosa, bem  diversa do que sucedeu nos anos noventa do século passado, época em que foi uma clamorosa evidência...

A Cultura aparenta ter menos apoiantes, pois uma parte substancial dos portugueses  parece estar num certo fechamento...

A massa crítica, no sul do nosso país, face aos olivais intensivos, pulverizados dia e noite, com químicos, que já está a afectar a Natureza, é quase inexistente.
Disseram-me há anos num dos concelhos vizinhos de Beja que o cancro pode começar a atacar a população...

O comboio para Beja (que chegou a estar ausente, por supostas melhorias) é desconfortável, e avaria muitas vezes, não havendo a força suficiente para conseguir que o Intercidades volte, na evolução que tarda, pois as viagem Casa - Branca / Beja é paga como se os passageiros tivessem carruagens iguais às que fazem o percurso Oriente / Évora.

Oxalá o Cante não fique também alheio a esta realidade, continuando a celebrar os campos cerealíferos de outrora, que deram lugar às amendoeiras, alfarrobeiras e oliveiras, regados com água do Alqueva e na posse de estrangeiros.

Luís Filipe Maçarico (texto e fotografia)

2 comentários:

Mar Arável disse...

Tudo se move até o vento
Boa partilha
Abraço

Mar Arável disse...

Tudo se move até o vento
Boa partilha
Abraço