Não entendo como havendo escolas com nomes de poetas, que baptizaram ruas, Rosa Lobato de Faria por ter nome de escola não pode ser nome de rua.
Parece-me uma desculpa esfarrapada, por qualquer razão subjectiva que me escapa.
A escritora e poetisa nasceu, viveu e morreu em Lisboa.
Tem uma obra extensa e uma personalidade multifacetada: guionista, letrista de canções, actriz...
José Gomes Ferreira deu nome a uma escola secundária e a uma rua em Lisboa. O mesmo se passa com Camões, prolongando-se na Rua dos Lusíadas, a sua presença na toponímia da capital.
Qual o erro dessa duplicação?
Não merecem ambos essa evocação?
Algumas pessoas que entraram na política pela porta do cavalo, deveriam ser mais transparentes e explicar que não concordam (neste caso com um possível nome de rua) porque não gostam de quem se pretende evocar ou a sua obra, ou porque foi um partido da oposição que avançou com a proposta.
Eu que conheci a poetisa e que com ela fiz parte de um júri literário em Arruda dos Vinhos, a celebrei numa colectividade da antiga freguesia dos Prazeres e partilhei com ela uma inesquecível noite de Poesia com a população de Alpedrinha, em que foi acolhida pelo então presidente da Junta de Freguesia local, o socialista Francisco Miguel Barata Roxo, lamento que razões obscuras e justificações mal amanhadas estejam na génese de uma certa forma de fazer política em Lisboa.
Ou no mínimo, o que me merece a mesma reserva, que quem detém o poder discriminatório relatado, esteja a ser mal aconselhado e tome decisões que me parecem injustas.
LFM (Texto e fotografias)
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