"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

quinta-feira, agosto 04, 2016

Rosa Lobato de Faria não pode ter nome de rua em Lisboa

Não entendo como havendo escolas com nomes de poetas, que baptizaram ruas, Rosa Lobato de Faria por ter nome de escola não pode ser nome de rua.
Parece-me uma desculpa esfarrapada, por qualquer razão subjectiva que me escapa.
A escritora e poetisa nasceu, viveu e morreu em Lisboa.
Tem uma obra extensa e uma personalidade multifacetada: guionista, letrista de canções, actriz...

José Gomes Ferreira deu nome a uma escola secundária e a uma rua em Lisboa. O mesmo se passa com Camões, prolongando-se na Rua dos Lusíadas, a sua presença na toponímia da capital.
Qual o erro dessa duplicação?
Não merecem ambos essa evocação?

Algumas pessoas que entraram na política pela porta do cavalo, deveriam ser mais transparentes e explicar que não concordam (neste caso com um possível nome de rua) porque não gostam de quem se pretende evocar ou a sua obra, ou porque foi um partido da oposição que avançou com a proposta.

Eu que conheci a poetisa e que com ela fiz parte de um júri literário em Arruda dos Vinhos, a celebrei numa colectividade da antiga freguesia dos Prazeres e partilhei com ela uma inesquecível noite de Poesia com a população de Alpedrinha, em que foi acolhida pelo então presidente da Junta de Freguesia local, o socialista Francisco Miguel Barata Roxo, lamento que razões obscuras e justificações mal amanhadas estejam na génese de uma certa forma de fazer política em Lisboa.
Ou no mínimo, o que me merece a mesma reserva, que quem detém o poder discriminatório relatado, esteja a ser mal aconselhado e tome decisões que me parecem injustas.

LFM (Texto e fotografias)

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