Dizia-me esta tarde, em Almada, num encontro inesperado, o Amigo e Arqueólogo Marco Valente, que Lisboa está muito diferente, pois a cidade que outrora visitou e conheceu sofreu alterações que desvirtuam a sua identidade.
Na verdade, ter de ir a Lisboa, para a consulta de diabetologia da Associação Portuguesa de Diabéticos de Portugal, e depois percorrer a Avenida da Liberdade e o Chiado, como foi o caso de hoje, é deveras cansativo, pelas multidões de visitantes, que connosco se cruzam e cansam a vista, pois muitas dessas pessoas não demonstram ter a atitude da descoberta, que caracteriza os viajantes que percorrem outro país, deslocando-se numa atitude ostensiva, como se fossem donos do mundo, não permitindo que circulemos no nosso espaço descontraidamente.
Sendo gente que procura a pechincha e prefere um hostel de tuta e meia, por vezes sem condições higiénicas, não me parece que tragam riqueza ao país.
Num dos noticiários da Antena 1 desta manhã escutei que PS e BE estão a preparar legislação para obrigar os proprietários de imóveis a incluir habitação permanente, evitando-se que a capital se desvirtue e se transforme numa Nova Disneylândia.
Contudo, não entendo que tipo de habitante permanente vai conseguir conviver com hóspedes dos andares de baixo ou de cima que mudam de dois em dois dias e usam o alojamento para darem largas à sua alarvidade, impedindo esse habitante permanente de descansar e de cumprir horários de trabalho.
Não me parece que este seja o melhor caminho....
Luís Filipe Maçarico (Texto e Fotografia)
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