A semana passada fui a Pias.
Como havia greve na CP, tive de ir no Expresso, da Rodoviária Nacional, para Beja.
A RN foi entregue ao Grupo Barraqueiro, portanto passou a ser privada.
Durante a viagem, o cheiro era nauseabundo. Percebi entretanto, que seria oriundo do WC (não utilizado pelos passageiros), que não estaria higienizado...
Mudei de lugar em Évora.
Aos berros e desde a partida de Lisboa, uma programação televisiva interna, com americanas a babarem-se, lambusadas, grotescas e a provocar vómitos, em provas de trufas e ostras...
Chegado a Beja, pelas 12 e 20, quinze minutos depois parti num autocarro confortável que supostamente iria para Moura.
No entanto, em Serpa, o motorista anunciou: "Quem vai pra Vale do Vargo, vem comigo. Os outros têm de ir noutra camioneta!"
Conformada, a maioria dos passageiros saiu, uns para a carreira da Amareleja, como eu; outros para Vila Verde de Ficalho...e o motorista que deve ter abrigo em Vale do Vargo, lá foi com o autocarro que dizia que ia para Moura...
A terceira viatura fez percurso até Brinches, deixando-me na estação desactivada, da antiga via ferroviária, em Pias.
Três viagens (entre as 9:30 e as 14:00) para fazer os quilómetros, que num automóvel seriam vencidos em pouco mais que duas horas...
Três viagens (entre as 9:30 e as 14:00) para fazer os quilómetros, que num automóvel seriam vencidos em pouco mais que duas horas...
Que país e que povo é este, onde estes absurdos acontecem?
O regresso fi-lo de comboio, na CP, ainda pública.
Aparte o conforto do Intercidades, vindo de Évora, que apanhei em Casa Branca, lá tive de viajar, entre Beja e aquele entroncamento ferroviário, numa automotora, com janelas de visibilidade muito criticável.
Fotografei. O leitor confirmará o que digo, neste caso.
Assim se viaja em Portugal....
Luís Filipe Maçarico (texto e fotos)
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