"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

segunda-feira, novembro 21, 2011

A Aldraba entre Cacilhas, o Cais do Ginjal e Almada Antiga: Memórias do Operariado, Romeu Correia e Associativismo



Os presidentes da Incrível e da Aldraba confraternizando.



Salomé Almeida, sábado passado, na Incrível Almadense, durante o Encontro da Aldraba.



O arqueólogo Luís Barros apresentando o Núcleo Naval do Museu de Almada.



Os Encontros da Aldraba têm sempre uma componente de convívio e fruição gastronómica, pois comer sendo um acto cultural é igualmente uma forma de contribuir para a salvaguarda do património.



No Cais do Ginjal, com Luís Filipe Bayó da associação O Farol.



Na Incrível Almadense, Alberto Pereira Ramos, evocou Romeu Correia.



O poeta José do Carmo Francisco, participou também neste Encontro, recordando Romeu Correia e Almerinda, atleta laureada, que chegou a ser apedrejada por mulheres, por andar a correr de calções.

A Associação Aldraba passou o sábado entre Cacilhas, o Cais do Ginjal e Almada. O Património Naval e Fabril, a Memória de Romeu Correia e o Associativismo foram os temas abordados.
Os participantes percorreram o Cais do Ginjal, com Luís Filipe Bayó, dirigente de O Farol, Associação de Cidadania de Cacilhas, que pormenorizou inúmeros aspectos da rica história local.

Com o arqueólogo Luís Barros, viajaram pela História milenar de Almada, no Núcleo Naval do Museu da cidade.

Após subirem no elevador panorâmico até à Almada Velha, e almoçarem num simpático restaurante local, escutaram na Incrível Almadense alguns associativistas, com especial destaque para Mestre Alberto Pereira Ramos, que evocou Romeu Correia.
Salomé Câmara, foi desafiada por José Alberto Franco, para falar acerca da sua experiência, como primeira mulher presidente da direcção de um sindicato, nos anos 80. Salomé falou dos problemas da mulher no regime de Salazar e partilhou a sua experiência, quando em 1959, foi proibida de usar calças no serviço e teve um susto, em Viseu, num cinema, por haver pessoas ameaçadoras, que achavam um escândalo mulheres de calças...

A antropóloga Helena Galante confessou que fica muito triste, quando ouve uma jovem dizer que se vivia melhor no tempo da ditadura, pois certamente desconhece como eram tratadas as mulheres. E defendeu que de todas as revoluções (liberal, Republicana) só o 25 de Abril trouxe igualdade à mulher e nesse sentido essas jovens e todas as mulheres deveriam estar gratas por tal reconhecimento.

O encontro terminou com uma visita ao Museu da Colectividade, nascida no século XIX.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)

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