Conheci-a primeiro através da Esmeralda Veloso, que falava dela com muita admiração e diz magistralmente a sua poesia.
Depois, foi tempo de conhecer o ser humano: uma senhora adorável, divertida, sensível e que gostava de coisas belas como a lua, grande, vermelha daquela noite em que regressávamos da Arruda dos Vinhos, onde analisámos os trabalhos concorrentes ao prémio Irene Lisboa, porque éramos júris.
No carro, ela olhou para o céu e disse-me "Está uma lua como no desenho que fez ". Eu pintara aquela lua com vinho sobre uma terra castanha de café (que eu aprendera a fazer com Bual, que por seu turno aprendera com Stuart) numa toalha de papel.
Voltámos à terra da autora de "Solidão" e "Uma Mão Cheia de Nada e Outra de Coisa Nenhuma", para dizermos Poesia. Era Abril e ela levou um cravo vermelho ao peito e disse poemas como quem celebra a Vida.
Era uma mulher muito bonita e suave.
Estivemos ainda em Alpedrinha, num Outono de boa memória, com o calor de uma lareira, nas instalações do Centro Paroquial, onde o encontro se efectuou, à volta das suas palavras, deliciando os inúmeros alpetrinienses que quiseram escutar e falar com aquela senhora elegante e educada, que só conheciam da televisão.
Excedeu as expectativas, pois era espontânea, bem humorada e ternurenta.
Há meses enviei-lhe "Cadernos de Areia". Sei que se terá comovido com o gesto, falaram-me do brilho nos seus olhos, de algum bem estar que a minha lembrança lhe deu. Telefonei-lhe perto do Natal. A voz era frágil, agradecendo a afectividade da minha fala.
Esta noite, as televisões deram a notícia triste. Rosa Lobato de Faria está agora mais perto daquela lua que a surpreendera, tão igual à do desenho que eu esboçara com tinta permanente preta e vinho: grande, rubra, misteriosa. E a actriz - escritora a surpreender-me, quando após revelar-lhe que tinha uma imagem diferente dela, respondeu: "Pois é, eu faço aqueles papéis de mulher tonta e frívola e depois pensam que sou assim!"
Depois, foi tempo de conhecer o ser humano: uma senhora adorável, divertida, sensível e que gostava de coisas belas como a lua, grande, vermelha daquela noite em que regressávamos da Arruda dos Vinhos, onde analisámos os trabalhos concorrentes ao prémio Irene Lisboa, porque éramos júris.
No carro, ela olhou para o céu e disse-me "Está uma lua como no desenho que fez ". Eu pintara aquela lua com vinho sobre uma terra castanha de café (que eu aprendera a fazer com Bual, que por seu turno aprendera com Stuart) numa toalha de papel.
Voltámos à terra da autora de "Solidão" e "Uma Mão Cheia de Nada e Outra de Coisa Nenhuma", para dizermos Poesia. Era Abril e ela levou um cravo vermelho ao peito e disse poemas como quem celebra a Vida.
Era uma mulher muito bonita e suave.
Estivemos ainda em Alpedrinha, num Outono de boa memória, com o calor de uma lareira, nas instalações do Centro Paroquial, onde o encontro se efectuou, à volta das suas palavras, deliciando os inúmeros alpetrinienses que quiseram escutar e falar com aquela senhora elegante e educada, que só conheciam da televisão.
Excedeu as expectativas, pois era espontânea, bem humorada e ternurenta.
Há meses enviei-lhe "Cadernos de Areia". Sei que se terá comovido com o gesto, falaram-me do brilho nos seus olhos, de algum bem estar que a minha lembrança lhe deu. Telefonei-lhe perto do Natal. A voz era frágil, agradecendo a afectividade da minha fala.
Esta noite, as televisões deram a notícia triste. Rosa Lobato de Faria está agora mais perto daquela lua que a surpreendera, tão igual à do desenho que eu esboçara com tinta permanente preta e vinho: grande, rubra, misteriosa. E a actriz - escritora a surpreender-me, quando após revelar-lhe que tinha uma imagem diferente dela, respondeu: "Pois é, eu faço aqueles papéis de mulher tonta e frívola e depois pensam que sou assim!"
Até sempre, Rosinha!
Luís Filipe Maçarico
Luís Filipe Maçarico
1 comentário:
Uma mulher com palavras maravilhosas...
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