Realizou-se no passado dia 3 de Fevereiro, na Sociedade de Língua Portuguesa, presidida pela Dr.ª Elsa Rodrigues dos Santos, mais uma sessão de divulgação do Caderno Temático da Aldraba, com a presença do presidente da direcção daquela associação do Espaço e Património Popular, Eng.º José Alberto Franco e de Luís Filipe Maçarico, que escreveu o livro.
Na sua intervenção, LFM abordou a distinção entre aldrabas e batentes, batentes zoomórficos e antropomórficos, a Simbologia da Mão e de alguns batentes. Histórias destes artefactos enquanto objectos biográficos, a aldraba na literatura, tradições, usos e costumes no Norte de África, Europa e América Latina (Argentina), Patrimonialização na Tunísia, trabalho científico em torno deste utensílio, contributos da Etnografia Portuguesa de do Jornalismo, o roteiro das aldrabas de Montemor-o-Novo, o museu vivo, a ameaça das imobiliárias e a desatenção dos municípios e a vergonha do património, estratégias identitárias para a prservação e o desenvolvimento local.
Após a intervenção do autor, a Dra Elsa afirmou: "Depois desta exposição interessante, até já me apetecia comprar aldrabas para pôr na porta."
Seguidamente,o Dr. Adalberto Alves comentou: "É um património discreto, porque as coisas humildes, normalmente são discretas. É um património com muito interesse. Em Beja, na Rua da Mouraria, tenho a casa toda com aldrabas. A par do problema da madeira das portas...já existem portas com alumínio lacado. Os Polis, esses fundos deviam ser aplicados para estar à disposição para fazer a substituição das portas e ferragens.
Quanto à palavra, Também se pode dizer aldrava. Deu origem a vários derivados.Do ponto de vista da homofonia confunde-se muitas vezes a aldraba com o aldrabão. Aldraba - bater à porta com a aldraba e aldrabar. Aldrabão - aldraba grande ou vigarista. Aldrabeiro - fabricante de aldrabas.
A palavra devia ser Adaba. Sem dúvida que os árabes diziam adaba... O termo deve ter tido um tratamento cultista (erudito) passou para os dicionários não do ponto de vista fonético mas da escrita. Este fenómeno existe noutras palavras, como aldeia.
Detectei mais de 20 mil palavras de origem árabe. Derivado do factor da dicionarística medieval. Foi feita uma transformação sistemática passado o árabe a travestido do latim.
Aldraba é fenómeno muito comum trocar o bê pelo vê...
Seguidamente,o Dr. Adalberto Alves comentou: "É um património discreto, porque as coisas humildes, normalmente são discretas. É um património com muito interesse. Em Beja, na Rua da Mouraria, tenho a casa toda com aldrabas. A par do problema da madeira das portas...já existem portas com alumínio lacado. Os Polis, esses fundos deviam ser aplicados para estar à disposição para fazer a substituição das portas e ferragens.
Quanto à palavra, Também se pode dizer aldrava. Deu origem a vários derivados.Do ponto de vista da homofonia confunde-se muitas vezes a aldraba com o aldrabão. Aldraba - bater à porta com a aldraba e aldrabar. Aldrabão - aldraba grande ou vigarista. Aldrabeiro - fabricante de aldrabas.
A palavra devia ser Adaba. Sem dúvida que os árabes diziam adaba... O termo deve ter tido um tratamento cultista (erudito) passou para os dicionários não do ponto de vista fonético mas da escrita. Este fenómeno existe noutras palavras, como aldeia.
Detectei mais de 20 mil palavras de origem árabe. Derivado do factor da dicionarística medieval. Foi feita uma transformação sistemática passado o árabe a travestido do latim.
Aldraba é fenómeno muito comum trocar o bê pelo vê...
Eng.ºJoão Coelho, presidente do Conselho Fiscal da Aldraba, disse que "temos de conciliar o moderno com o antigo. O preço das portas é proibitivo. Há que conciliar nos centros históricos a questão do património, pois quando uma porta surge com alumínio, o conjunto perde todo.
Margarida Alves lembrou uma viagem que fez a Rio d'Onor "Enquanto do lado espanhol se apoiava a recuperação, do lado português exigia-se a traça antiga, sem apoiar.
Eng.º António Carlota Branco: "As pessoas ou não têm formação, ou não têm poder económico."
Dr.ªMaria Eugénia Gomes: "No sistema de ensino...havia aí muita coisa a fazer e dar a conhecer aos jovens aquilo que é distinto das aldeias...
Sou tesoureira da Associação e quando fui abrir a conta no banco, pensavam que era uma empresa de cobrança de dívidas..."
Margarida Alves lembrou uma viagem que fez a Rio d'Onor "Enquanto do lado espanhol se apoiava a recuperação, do lado português exigia-se a traça antiga, sem apoiar.
Eng.º António Carlota Branco: "As pessoas ou não têm formação, ou não têm poder económico."
Dr.ªMaria Eugénia Gomes: "No sistema de ensino...havia aí muita coisa a fazer e dar a conhecer aos jovens aquilo que é distinto das aldeias...
Sou tesoureira da Associação e quando fui abrir a conta no banco, pensavam que era uma empresa de cobrança de dívidas..."
Notícia e Recolha de Depoimentos Luís Filipe Maçarico; Fotografias: Margarida Alves.
1 comentário:
um prazer rever.te e ouvir-te em tom de conversa dúctil e sábia...assim como quem escorrega sobre as águas...
gostei tanto Luis. Mas tanto.
adoro-tE!
(imf)
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