Há uma semana parecia que o fim do Mundo chegara à Madeira.
Retenho, das imagens que vi, a brutalidade das águas, que arrastaram haveres e vidas, o caos, a perda, o imenso sofrimento que merece todo o meu respeito, mas também o fatídico resultado de uma atitude, essa sim lamentável, que os pato-bravos da construção e da política, trauliteira, ali como em todo todo o país, aprofundaram até à exaustão: hospitais, escolas, quartéis de bombeiros e habitações, construídos em cima do leito das ribeiras. Não aprendendo nada com calamidades anteriores.
Mas na mesma - gigantesca - onda de facturar, em nome do sacrossanto turismo, o senhor Alberto não consentiu a declaração de calamidade pública, para não afectar as excursões dos cámones, ao invés de pôr o seu povo acima de tudo.
Quando muita gente está numa de coitadinhismo, em vez de se falar nos erros cometidos, aqui fica uma nota dissonante.
Este vídeo tem dois anos e é muito claro. Não preciso de dizer mais nada. São técnicos e não políticos demagogos e populistas que falam.
Vejam e tirem as vossas conclusões.
Pergunto apenas:
Vamos continuar a desculpabilizar a má política da construção desalmada, que desrespeita todas as regras, do tubaronismo dos banqueiros (em tempo de crise os bancos tiveram lucros escandalosos) e da gestão ruinosa dos que deviam evitar estas calamidades, cujas consequências estamos a pagar, com congelamento de salários, custo de vida imparável, desemprego galopante, cuidados de saúde caros e fora dos grandes centros inacessível, reformas fracas, ameaçadas e tantas outras evidências quotidianas que afectam muitos portugueses?
Retenho, das imagens que vi, a brutalidade das águas, que arrastaram haveres e vidas, o caos, a perda, o imenso sofrimento que merece todo o meu respeito, mas também o fatídico resultado de uma atitude, essa sim lamentável, que os pato-bravos da construção e da política, trauliteira, ali como em todo todo o país, aprofundaram até à exaustão: hospitais, escolas, quartéis de bombeiros e habitações, construídos em cima do leito das ribeiras. Não aprendendo nada com calamidades anteriores.
Mas na mesma - gigantesca - onda de facturar, em nome do sacrossanto turismo, o senhor Alberto não consentiu a declaração de calamidade pública, para não afectar as excursões dos cámones, ao invés de pôr o seu povo acima de tudo.
Quando muita gente está numa de coitadinhismo, em vez de se falar nos erros cometidos, aqui fica uma nota dissonante.
Este vídeo tem dois anos e é muito claro. Não preciso de dizer mais nada. São técnicos e não políticos demagogos e populistas que falam.
Vejam e tirem as vossas conclusões.
Pergunto apenas:
Vamos continuar a desculpabilizar a má política da construção desalmada, que desrespeita todas as regras, do tubaronismo dos banqueiros (em tempo de crise os bancos tiveram lucros escandalosos) e da gestão ruinosa dos que deviam evitar estas calamidades, cujas consequências estamos a pagar, com congelamento de salários, custo de vida imparável, desemprego galopante, cuidados de saúde caros e fora dos grandes centros inacessível, reformas fracas, ameaçadas e tantas outras evidências quotidianas que afectam muitos portugueses?
1 comentário:
Quem fala assim não é gago. Enquanto os interesses das elites imperarem de forma ganânciosa e desmedida sobre os reais valores da humanidade e todas as suas carências, teremos muitas mais calamidades deste género, sem que nada nem ninguém seja nomeado responsável por todos os males que se abatem pelo nosso lindo planeta.
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