"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Debate na Biblioteca


A iniciativa ocorreu há cerca de um mês. E embora a Biblioteca Almeida Faria não estivesse repleta, os montemorenses presentes na sessão mantiveram e estimularam, durante cerca de uma hora, o debate do qual se transcrevem passagens:
"Não há artesão devidamente competente para reparar a porta. Por vezes, a emenda é pior que o soneto. E isso está-se a agravar. Já não há sabedoria para reparar!"
"Detectamos coisas que se estão a destruir, como podemos fazer chegar....?Na Rua de S. Miguel estavam a retirar uns azulejos...A destruição do portão, naquela rua, que era de ferro."
"Passa pela Escola e pelo Associativismo!"
"Faz-me recuar à década de 80 (na Oficina da Criança) o local onde vives como é, como queres?
Sensibilização à Comunidade Escolar...Da importância do nosso Património!
Durante um ano, fizeram um trabalho com 600 crianças. Nessa altura havia muito a preocupação de trabalhar a temática do Património. (...) Houve alunos que recriaram cataventos. Fizeram o seu projecto de cataventos..."
"As pessoas não sabem o que é que o Património vale e não têm iniciação estética. Muitas vezes não é uma questão de dinheiro. O que é preciso é chamar a atenção para a valorização. As escolas têm um papel muito grande. Mas tem de haver um contexto de educação dos adultos também (...) Havendo tantos cursos de formação e muitos desembocam em situações que não dá emprego...Porque é que não se canalizam para os saberes tradicionais? Para os conhecimentos: Como é que se substitui uma porta? Uma aldraba? Enquanto isso não se souber, quem vai fazer?
Em simultâneo, ensina-se a Internet. Isto é de "país rico"...
Há coisas que levam muito tempo a aprender. Não podemos desanimar! Na Educação, a gente semeia ao vento..."
Obrigado a todos os que partilharam estas e outras opiniões, ou simplesmente estiveram atentos: Professor Laboreiro, Professora Visitação, Professora Vitalina, Professora Ana Luísa Janeira, Professora Isabel Aldinhas, Dr. Jorge Fonseca e também aos Senhores José Aldinhas, José Rasquinho e ainda à pintora Etelvina, a educadora Teresinha e a sempre presente Augusta, que acompanha os Dias Tranquilos, coordenados pela inexcedível Célia Godinho.
Obrigado igualmente à Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, por ter proporcionado a iniciativa no belo espaço que é a Biblioteca Municipal.

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