Hoje não me apetece escrever nada. A rua onde moro está um caos. São duas e meia da manhã e centenas de indivíduos ocupam o espaço público berrando, estou cansado de um dia de trabalho e não me posso deitar porque não consigo dormir com tanto barulho. A polícia esteve uma vez mais aqui, multou dezenas e dezenas de carros mal estacionados, mandou fechar o bar que origina tudo isto, mas as multidões continuam a beber e a berrar como se o ar, o sítio, o meu sono, tudo fosse deles. O caos é este insuportável barulho: permitido, tolerado. De repente, um largo de Lisboa tornou-se um pesadelo. Não consigo escrever mais nada.
Foto: Candeeiro de Coruche (LFM)
Foto: Candeeiro de Coruche (LFM)
3 comentários:
Alguém diria se não os podes vencer junta-te a eles.
Estou a brincar caro Amigo, isso por aí deve ser terrivel com toda essa barulheira, não lhe invejo a sorte, pois onde vivo o único barulho que ouço á noite é o vento e as águas do Ponsul a correr alegremente.
Que se resolva esse problema depressa
Luis
Como eu entendo o que deves sentir nessas amarguradas noites na tua rua. E como percebo a tua evocação na foto que ilustra o teu post. A paz que se respira num lugar mágico como é aquele em que paraste o tempo por milésimo de segundo fixando uma bela lanterna contra um céu azul.
Um abraço . Amigo
Na verdade, poucos conhecem a beleza do silêncio... O barulho é uma estratégia para não darem ouvidos ao que lhes fala de dentro, nem ao que dizem os outros, ao que os outros precisam, desejam... lhes é devido.
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