"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

segunda-feira, julho 24, 2006

O Povo do Líbano precisa da nossa Solidariedade


Texto recebido por e-mail do Tribunal Iraque:
"Israel está a destruir o Líbano. Os resultados estão à vista. Perto de 300 mortos libaneses em onze dias. Quase um milhão de refugiados sem água, sem comida, sem abrigo. Infraestruturas e vias de comunicação destruídas nos primeiros raides, aprisionando centenas de milhares de pessoas nas zonas de combate. Áreas residenciais repetidamente bombardeadas. Fábricas e equipamentos económicos arrasados.
Falar em poupar a população é mera propaganda. Os israelitas repetem no Líbano a operação "Choque e pavor" com que os EUA iniciaram o assalto ao Iraque em 2003. A escola é comum. Trata-se de uma agressão unilateral, pura e simples, de Israel ao Líbano em violação de tudo o que é direito internacional; ao mesmo tempo que prossegue o morticínio dos palestinianos de Gaza. É um massacre em duas frentes, só entendido no quadro de impunidade de que Israel tem gozado sob protecção dos EUA.
A consonância é total entre as acções israelitas e a postura norte-americana: recusa de cessar-fogo antes de o arrasamento do Líbano estar completo; Esta guerra não é separável da situação geral no Médio Oriente, em que avultam as dificuldades dos EUA no Iraque e no Afeganistão. EUA e Israel actuam de modo concertado, dividindo tarefas, alargando a área de conflito e fabricando pretextos para fulminar os países e regimes que lhes são hostis.
Na lógica global, sem limites, sem lei, da "guerra infinita" - dita "contra o terrorismo" - o ataque de Israel ao Líbano entronca, de forma aberta, na linha de actuação do imperialismo norte-americano e anuncia um agravamento da situação mundial.
O Tribunal-Iraque apela à população portuguesa para repudiar por todos os meios estas acções criminosas e para participar nos actos públicos que vão ter lugar."
"Isto é que é terrorismo!" (palavras de uma portuguesa residente no Líbano, TVI, 16 de Julho)
Entretanto na página 7 do "Público" de hoje lê-se:
"D. Januário Torgal Ferreira e Rui Vilar juntam-se a dirigentes do PCP e do Bloco num apelo ao fim da violência"
Outros subscritores do manifesto: Eduardo Lourenço, Maria Velho da Costa, José Mattoso, Luís Miguel Cintra e Frei Bento Domingues.

Dia 26, 4.ª feira, vou estar na Concentração em Lisboa, às 18:30 horas, frente à embaixada de Israel (Rua António Enes 16, ao Saldanha), pelo fim dos massacres no Líbano e Palestina.
(fotografia de entre muitas enviadas por mail, por Magda Fonseca, a quem agradeço)

4 comentários:

Anónimo disse...

Não concordo nada com esta guerra... Aliás, com guerra nenhuma! Abraço, amigo!

marialascas disse...

O Povo do Líbano precisa da nossa Solidariedade, tal como o Povo do Iraque, o Povo do Afeganistão, o Povo da Palestina... e em breve o Povo da Síria, do Irão... na verdade o Povo de Israel também... Em geral, eu diria que o Povo precisa Sempre de Solidariedade.
Não tenhamos ilusões! só à sombra da azinheira o Povo é quem mais ordena...
Eu estou com o Povo Líbano, sem perfilhar qualquer cor política nacional, pelo seu direito à vida.

augustoM disse...

Israel é uma espécie de braço armado no Médio Oriente dos Americanos. Não é o povo do Líbano que precisa da nossa solidariedade, é o mundo que precisa de se livrar dos Americanos e seus comparsas.
Estamos em presença de uma política imperialista, como a história ainda não tinha visto, que se ficarmos só pelos apelos, não sei onde é que estes novos "senhores do mundo" vão parar.
Um abraço. Augusto

A Vilhena disse...

Porque carga de água, sempre que se verifica bombardeamento de qualquer cidade ou lugar do Líbano há senhores jornalistas que
referem/afirmam/explicam/Justificam/desculpabilizam dizendo que se tratou de um ataque a um bastião do Hezbollah.

Veja-se no dicionário:

bastião
do Fr. bastion
s. m.,

trincheira;
muro que serve de anteparo ao ângulo saliente de uma fortaleza;
baluarte;
sentido figurado reduto; sustentáculo.

Fico impressionado com sabedoria que exalam.. Como é que eles lograram saber/divisar/descobrir/investigar/adivinhar que aquelas cidades ou lugares são:
um muro do Hezbollah;
uma trincheira do Hezbollah;
uma fortaleza do Hezbollah;
um baluarte do Hezbollah;
um reduto do Hezbollah;
um sustentáculo do Hezbollah;

Deixo aqui algumas hipóteses explicativas para tanta sapiência. Escolha aquela que lhe parecer a melhor (ou a menos má...!!!):
* porque são bem informados
* porque foi a informação que colheram no local
* porque são os dados de que dispõem
* porque consultaram o CIA Fact Book
* porque perguntaram ao Mossad
* porque se não fosse assim... Israel não atacava
* porque pesquisaram na net
* porque toda a gente diz isso
* porque tinham de dizer qualquer coisa
* porque estão a gozar connosco
* porque nos estão a chamar parolos
* porque...

Mãezinha...!!!

António Vilhena