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Álvaro
Em Baleizão, disseram,
o teu nome é o sabor
da terra.
Procuram por ti
em cada cristal de sol
e o sol arde
no silêncio desmedido
do Alentejo.
Perguntam por ti
entre punhos e
papoilas. Vêm da memória
do tempo: ceifeiras
camponeses vozes acesas
e chamam por ti.
Nas casa nos largos
no sangue nas sílabas
florescem.
Na cal de Junho
ao sul do mundo
repetem o teu nome
e respiram.
Lisboa, 14-6-2005
Luís Filipe Maçarico
(desenho de
Álvaro Cunhal)
4 comentários:
Morreu o político, mas ficou a obra... Ficaram os desenhos a ficção e as lutas ganhas... Este homem se não tivesse dado a vida à política teria sido um dos melhores artistas plásticos e escritores do país! não tenho dúvidas!
O Homem morre, a obra fica.
Belo o teu poema...
Um abraço
Brecht escreveu:
"Hay hombres que luchan un día
Y son buenos.
Hay otros que luchan un año Y
son mejores.
Hay quienes luchan muchos años
Y son muy buenos.
Pero hay los que luchan toda la vida:
Esos son los imprescindibles."
Desapareceu o homem mas a sua obra não morrerá. Ficará para sempre no coração dos portugueses.
Os teus poemas são muito belos.
Um beijo
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