"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

terça-feira, maio 05, 2020

Dez Escolhas Para Ler 1- António dos Olhos Tristes

Por estes dias  e em tempo de confinamento, face à pandemia que nos trocou as voltas, surgiu no Facebook um desafio replicado por diversos Amigos.



Não foi nada fácil aceitar esse desafio, que também me tocou...

Divulgar as capas de uma dezena de livros dos muitos que li e gostei, deixando para trás talvez centenas, era uma escolha dura.
A proposta visaria promover a leitura e embora tenha surgido sem evidenciar o interesse pelos autores e pelas obras, não me fiquei pelo superficial. Andei às voltas com esta brincadeira séria.




Uma parte das minha poupanças foi empregue na compra de livros e por isso não os reduzo a um jogo, passando a outro(s) a partilha que acedi a fazer. Por esses dias, viram-se capas e algumas palavras de referência, porque o tempo é precioso pois os meses roubados pelo corona não regressam. E o Futuro é um suspiro. 

Comecei com o "António dos Olhos Tristes" de Eduardo Olímpio. Um escritor e poeta de Alvalade Sado, nascido em 24 de Janeiro de 1933 (87 anos) que teve uma livraria no Cais do Sodré há muitos anos, escreveu muito sobre o Alentejo, sendo cantados por Paco Bandeira alguns dos seus versos. Este livro sobre a Infância há muito que merece reedição. É de uma beleza que não se esquece. E começa assim: "António dos Olhos Tristes foi o único homem que eu conheci que sabia falar com os bichos todos que há na vida. Mas todos. Todos mesmo."

Luís Filipe Maçarico (Texto e Fotografia)

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