"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

terça-feira, outubro 31, 2017

Encontro da Aldraba em Idanha-a-Nova: Monsanto, Salvaterra do Extremo e Zarza la Mayor

Após um sono reparador, no alojamento rural "Quinta da Pedra Grande", houve uma breve visita a Monsanto, em torno da questão da designação "Aldeia Mais Portuguesa", com Eddy Chambino a lembrar que a "Nave de Pedra", como lhe chamou Fernando Namora, o médico escritor que ali residiu e teve consultório, foi para os seus habitantes motivo de orgulho desusado, pois num concurso do SNI ganharam um galo de prata distintivo. Eddy falou em aldeia-espelho, face a uma identidade exacerbada, com o café mais português e a mercearia mais portuguesa...

A manhã de domingo repartiu-se por dois templos de Salvaterra do Extremo e num miradouro, de onde se avista o castelo de Penafiel (Espanha), guiados por um ex-autarca, o senhor António Bernardo, que ofertou a todos o livro "A Festa de Nossa Senhora da Consolação", da autoria do Professor Bonifácio Bernardo.

Os viajantes prosseguiram, almoçando em Zarza la Mayor e o Encontro terminou, escutando-se narrativas ligadas ao Contrabando, a cargo do autor de "Contrabando em Santana de Cambas", com um resumo do estudo e leitura de duas passagens da obra, intervindo ainda o antigo presidente da Junta de Salvaterra do Extremo e o descendente espanhol, de um português contrabandista além de breves intervenções de participantes, como Manuel Vaz e Rosa Ginja, que relataram experiências familiares.

Bem hajam todos os que quiseram fazer esta viagem e aos anfitriões esplêndidos, que prepararam o Encontro no terreno, idealizando itinerários e contactos, que se revelaram de grande envolvência humana, patrimonial e histórica.
Imenso abraço de gratidão a Eddy Chambino, Carlos Branco, António Bernardo e à Associação RAIA GERAÇÕES !

Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias) 

1 comentário:

Jacqueline Aragão disse...

Meu querido amigo, relato muito bem descrito e escrito! Perfeito para ativar a memória dos que foram , mas também para acalentar os que não puderam estar connosco.