"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

sexta-feira, janeiro 04, 2013

2012: Um Presépio com Sorrisos Tristes

O empobrecimento, consumado em 2012, não se traduz, ao contrário do que os capatazes do sistema financeiro (capitalista, império bancário) tentam fazer crer, num futuro melhor, mas num terceiro mundismo eminente. Por este andar, a Europa daqui a uns anos, ficará reduzida a obscura prestadora de serviços, perante as potências emergentes e a própria África, secularmente remetida para um papel recuado, ficará  com melhores expectativas...
O presépio de Dezembro teve sorrisos tristes...
Neste canto, apesar das desigualdades, há muito que não ouvíamos dizer que idosos, com fracos recursos, não tomavam medicamentos,  imprescindíveis, por não terem dinheiro para os pagar...
Morreram milhares de velhos, nos primeiros meses do ano. 
Constantemente nos chegam verdadeiros bombardeamentos noticiosos, anunciando cortes, nas funções sociais do Estado. O definhamento da assistência, o desemprego monstruoso, a redução de garantias no emprego, na educação, na saúde, precipitaram Portugal para níveis de uma vergonhosa retracção humanitária.
Não admira que os governantes sigam cartilhas salazarentas, como uma fotografia do "Público" revelou...Esta política neo liberal só pode ser inspirada por experiências diabólicas, nazis...
Têm rugas? Cai-lhes cabelo? Terão pesadelos, face ao mal que estão a fazer?
Uns, em Paris, outros, no Brasil, gozando reformas douradas ou férias sorridentes, alguns dos principais causadores do mal estar colectivo, parece que ainda nos gozam.
Têm todos contra eles, mas insistem em destruir o mais que podem...
Ou esta política muda, ou, como leio ou vejo e oiço (ainda hoje, no Fórum da Antena 1, confirmei) o presépio transformar-se-á num filme de terror...
LFM (Texto e Fotos)

1 comentário:

Agulheta disse...

Olá amigo Luís!
Sem tirar nem pôr algo as suas palavras,assim está a acontecer o que todos nós fartamos de dizer,estes senhores se lhe podemos assim dizer,ainda nos vão tirar os ossos,porque a pouca carne pouco resta.Quem viveu antes de Abril no tal tempo,sabe dar o valor ao que lê e ouve.Por isso subscrevo este presépio triste...muito triste.
Abraço