Sete anos depois, realizaram-se as Festas do Povo, da vila de Campo Maior, que segundo a imprensa de hoje, atraíram 1 milhão de forasteiros.
A questão económica foi decisiva, para o adiamento, pois só quando ficaram garantidos os apoios, quer da autarquia, como do Café Delta, o evento, com nova comissão de festas, pode avançar.
Neste Verão atípico, a chuva pôs em risco o belo festejo, montra da criatividade popular, espelho dessa fantástica arte do efémero, que só o povo unido tem capacidade para realizar, conseguindo fazer florir uma urbe, com tanta beleza, através de magníficas fantasias de papel.
A semana que findou ontem, foi pois de alegrias, sustos e expectativas, para os campomaiorenses, que prepararam um plano B, para fazer face às dificuldades trazidas pelo clima adverso.
Quarta feira passada, antes da carga de água, que tombou dos céus, as ruas cintilavam de encanto (mesmo que uma parte dos enfeites tivesse desbotado, com uns aguaceiros, caídos na véspera) e em cada canto, animados vizinhos, com um espírito cordial, movidos pelo ideal identitário, capaz de produzir um património singular, preparavam a resposta que teriam de dar ao temporal anunciado...
Esta união dos habitantes de uma terra da raia, desenvolvida graças ao contrabando de café, e ao arrojo visionário de um empresário, que deu trabalho aos seus conterrâneos, enriquecendo, mas com preocupações de harmonia social, é a melhor metáfora, para um país permanentemente em crise, agora quase no abismo, sempre governado por capatazes do capital amorino-belmiresco-labreguístico, que não sabem olhar para um exemplo interessante do quanto é possível construir para o bem estar de todos.
Neste momento, somos taxados e lixados, em nome de uma crise, que os nossos escritores do século XIX já assinalam nas suas reflexões, e apenas sabemos que governo após governo, os impostos e congelamentos são eternos, como é eterna a ostentação de um Estado glutão, que poupa apenas nos custos com os que menos podem e mais sofrem...
E para atirar areia para os nossos olhos, o clã dos Álvaros e Vítores, dos Pedros e dos Paulos, passa o tempo a dizer que vai cortar nas gorduras...(será anedota?)
Voltando a Campo Maior e às suas Festas, eis dois links, acerca do que foram estes anos de preparação:
http://www.cafeportugal.net/pages/noticias_artigo.aspx?id=3233
http://www.cafeportugal.net/pages/dossier_artigo.aspx?id=981
Recolha, texto e fotografias: Luís Filipe Maçarico
A questão económica foi decisiva, para o adiamento, pois só quando ficaram garantidos os apoios, quer da autarquia, como do Café Delta, o evento, com nova comissão de festas, pode avançar.
Neste Verão atípico, a chuva pôs em risco o belo festejo, montra da criatividade popular, espelho dessa fantástica arte do efémero, que só o povo unido tem capacidade para realizar, conseguindo fazer florir uma urbe, com tanta beleza, através de magníficas fantasias de papel.
A semana que findou ontem, foi pois de alegrias, sustos e expectativas, para os campomaiorenses, que prepararam um plano B, para fazer face às dificuldades trazidas pelo clima adverso.
Quarta feira passada, antes da carga de água, que tombou dos céus, as ruas cintilavam de encanto (mesmo que uma parte dos enfeites tivesse desbotado, com uns aguaceiros, caídos na véspera) e em cada canto, animados vizinhos, com um espírito cordial, movidos pelo ideal identitário, capaz de produzir um património singular, preparavam a resposta que teriam de dar ao temporal anunciado...
Esta união dos habitantes de uma terra da raia, desenvolvida graças ao contrabando de café, e ao arrojo visionário de um empresário, que deu trabalho aos seus conterrâneos, enriquecendo, mas com preocupações de harmonia social, é a melhor metáfora, para um país permanentemente em crise, agora quase no abismo, sempre governado por capatazes do capital amorino-belmiresco-labreguístico, que não sabem olhar para um exemplo interessante do quanto é possível construir para o bem estar de todos.
Neste momento, somos taxados e lixados, em nome de uma crise, que os nossos escritores do século XIX já assinalam nas suas reflexões, e apenas sabemos que governo após governo, os impostos e congelamentos são eternos, como é eterna a ostentação de um Estado glutão, que poupa apenas nos custos com os que menos podem e mais sofrem...
E para atirar areia para os nossos olhos, o clã dos Álvaros e Vítores, dos Pedros e dos Paulos, passa o tempo a dizer que vai cortar nas gorduras...(será anedota?)
Voltando a Campo Maior e às suas Festas, eis dois links, acerca do que foram estes anos de preparação:
http://www.cafeportugal.net/pages/noticias_artigo.aspx?id=3233
http://www.cafeportugal.net/pages/dossier_artigo.aspx?id=981
Recolha, texto e fotografias: Luís Filipe Maçarico
4 comentários:
Excelente amigo. Não sabia que tinha estado lá. Mas parece que grande parte dos meus amigos andou por lá.
Quanto à critica politica é bem verdade, já Eça dizia que os Portugueses e os Gregos eram a anedota da Europa. Parece que tanto eles como nós evoluímos muito pouco desde então
Um abraço e tudo de bom para si.
Excelente amigo. Não sabia que tinha estado lá. Mas parece que grande parte dos meus amigos andou por lá.
Quanto à critica politica é bem verdade, já Eça dizia que os Portugueses e os Gregos eram a anedota da Europa. Parece que tanto eles como nós evoluímos muito pouco desde então
Um abraço e tudo de bom para si.
Só tu podias descrever tão bem ao mesmo tempo a beleza e a grandeza do nosso povo e a falsidade dos seus tiranos.
Fotos lindíssimas! Gostei muito deste florir. Abraço
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