Julgando-se dona e senhora da Cultura, uma viagem de madame Pires de Lima ao Brasil bastou para a criatura ameaçar de morte o Museu de Arte Popular.
Felizmente, aquele desvario não venceu e o Museu da Língua que a dita cuja queria implantar no espaço de Belém, terá de ancorar noutras paragens...
Visitei o velho/novo Museu, com júbilo, pois a título pessoal ou integrado no colectivo da Aldraba manifestei-me sempre contra o encerramento imposto por quem não sabia o que estava a fazer... Por isso, está de parabéns a equipa de fazedores desta nova aventura. Com Andreia Galvão à cabeça. Parabéns aos funcionários que com um sorriso de esperança nos recebem.
"Os Construtores do MAP" é o nome da actual exposição, que contextualiza o surgimento do Museu de Arte Popular, idealizado por António Ferro e artistas como Tomás Melo (Tom) e Carlos Botelho. Os espaços vazios, à espera de reconfiguração integram a actual mostra.
Como não é possível fotografar o interior aqui ficam imagens do exterior do edifício, ansiando pelo Museu reformulado, que certamente guardará a memória de artesãos anónimos e de um saber-fazer que resiste ou já se extinguiu com a morte do último artífice.
O Património e a Identidade podem dar-nos motivos de orgulho. O MAP é um dos territórios de afecto, onde revisitamos memórias e perspectivamos uma hipótese luminosa de Futuro.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)
1 comentário:
Obrigada por este post. Com vergonha digo que nunca visitei o Museu de Arte Popular. Aliás são poucos os monumentos ou museus que conheço em Lisboa. Nunca fui a Lisboa para passear, embora viva aqui tão perto.
Conheço uma grande parte de museus em todo o país. Sempre que vou de passeio, a um sítio novo é a primeira coisa que procuro. Museus, igrejas e outros monumentos. Mas como digo a Lisboa, nunca fui passear. Sempre vou para exames médicos, ver alguém ao hospital, ou coisa parecida. Vamos ver se a história muda este Verão.
Um abraço
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