"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

domingo, setembro 19, 2010

POEMAS DA ÉPOCA BALNEAR






Em férias, se conseguimos descansar mesmo - e respirar ar puro, saborear alimentos de qualidade e conviver com pessoas fraternas, ficam criadas as condições para voltarmos a ser adolescentes e ficarmos próximos dos amores de Verão que já tivemos...
Não obstante o telemóvel interferir, em cada dia, despejando notícias, que podem deixar-nos ansiosos, na época balnear, a poesia pode acontecer.
Os versos que se seguem (e as imagens que os acompanham) são produto desse regresso à puerilidade...
Oh! Como adorava que quem me inspirou, conheça este blogue (o sorriso que me mostrou, parecia significar uma proximidade, todavia, como sou tímido, não consegui entregar-lhe estes versos, que passara a limpo, com esse propósito...).
Oxalá esta ideia peregrina corresponda à realidade e a musa inspiradora reaja e comente.

POEMAS DA ÉPOCA BALNEAR

olho-te e a beleza da tarde
és tu,
sorriso reencontrado
entre marés e vagabundagens
flor das falésias
lua crescente
(...)
olho-te e o universo
é a tua pele de nuvens.
(...)
14 e 15-9-2010

Chegas de mansinho
discretamente sais,
trazendo à paisagem
majestosa da arriba
rochosa a rútila
cintilação do corpo
mágico que embala
a lua e
o sol
na pegada.
(...)
16-9-2010

Hoje não vieste
as andorinhas do mar
cantaram todo o tempo
e o sol procurou a tua pele
mas esta tarde
tu foste a gaivota ausente.
17-9-2010

Diante de ti
escrevo este adeus
(...)
Para o teu sorriso
em longa e melancólica despedida
com sabor a medronho
e às amoras dos caminhos.
(...)
Contemplar-te
é respirar
todos os sonhos
que ainda falta
viver.
19-9-2010

Luís Filipe Maçarico (poemas e fotografias)

2 comentários:

samuel disse...

Valeu a pena ir de férias! :-)

Fernando Pinto disse...

Oferece-nos imagens, poemas, um pouco de ti... Muito obrigado, amigo Luís!