O Alentejo é muito bonito, sim. E pode fazer sonhar. Mas vejamos: já é o paraíso?
Quem lá vive e é jovem, tem trabalho, ou, tal como as gerações anteriores, precisa de procurar, fora daquele território, a sua subsistência?
Que Alentejo era o da juventude daqueles, que como eu envelheceram: terra da felicidade?
Então não era tempo de Fascismo, de escravidão dos trabalhadores?
E hoje, o Alqueva serve para quê?
A compra, por estrangeiros, da terra sagrada, que os filhos desses velhos vendem a esmo, é o grande futuro? A agricultura, nada ecológica, de alguns desses estrangeiros é uma boa opção?
Parece-me que o Alentejo se tornou num postal, que esconde uma realidade, que devia ser mudada para melhor.
Mas quem luta por isso? Os nostálgicos que se exilaram nas grandes cidades? Os autarcas? Os reformados? Restam os Poetas.
Como não sou postiço, digo que sim, que o Alentejo é belo, mas que está de tal modo a mudar que daqui a uns tempos aqueles que floreiam a realidade terão grandes surpresas, quando nas suas "romagens de saudade" procurarem o que já não há: as pessoas, a sabedoria, o património, para lá das papoilas...
Quando falamos do Alentejo, de que Alentejo falamos? O celeiro da nação, que certas modas exaltam e que era um emblema salazarista?
Mas é evidente, que - e perdoem a imagem forte - cada qual tem direito a ter, como o Anthony Perkins, em "Psycho, a mãe morta guardada em casa.
Como também há quem compre réplicas dos livros fachistóides da classe primária dos anos sessenta e rejubile por se sentir criança. São gostos...
Ermelinda Duarte cantou: "Somos livres, não voltaremos atrás".
Já li notícias que estamos perto, em certos aspectos, do tempo de Marcelo Caetano. Pudera!
Olhem que eu jogo Farmville, falo aqui da tristeza de ter deixado de ver um pombo que criei, mas ainda não me deixei domesticar.
Como dizia uma velha amiga de Cacia, a Glória da Silva Pereira, então representante de Aveiro no Sindicato das Trabalhadoras do Serviço Doméstico, "Coragem na Luta contra os Filhos da Puta!"
Extraído da minha página no Facebook.
Texto e Foto: Luís Filipe Maçarico
Quem lá vive e é jovem, tem trabalho, ou, tal como as gerações anteriores, precisa de procurar, fora daquele território, a sua subsistência?
Que Alentejo era o da juventude daqueles, que como eu envelheceram: terra da felicidade?
Então não era tempo de Fascismo, de escravidão dos trabalhadores?
E hoje, o Alqueva serve para quê?
A compra, por estrangeiros, da terra sagrada, que os filhos desses velhos vendem a esmo, é o grande futuro? A agricultura, nada ecológica, de alguns desses estrangeiros é uma boa opção?
Parece-me que o Alentejo se tornou num postal, que esconde uma realidade, que devia ser mudada para melhor.
Mas quem luta por isso? Os nostálgicos que se exilaram nas grandes cidades? Os autarcas? Os reformados? Restam os Poetas.
Como não sou postiço, digo que sim, que o Alentejo é belo, mas que está de tal modo a mudar que daqui a uns tempos aqueles que floreiam a realidade terão grandes surpresas, quando nas suas "romagens de saudade" procurarem o que já não há: as pessoas, a sabedoria, o património, para lá das papoilas...
Quando falamos do Alentejo, de que Alentejo falamos? O celeiro da nação, que certas modas exaltam e que era um emblema salazarista?
Mas é evidente, que - e perdoem a imagem forte - cada qual tem direito a ter, como o Anthony Perkins, em "Psycho, a mãe morta guardada em casa.
Como também há quem compre réplicas dos livros fachistóides da classe primária dos anos sessenta e rejubile por se sentir criança. São gostos...
Ermelinda Duarte cantou: "Somos livres, não voltaremos atrás".
Já li notícias que estamos perto, em certos aspectos, do tempo de Marcelo Caetano. Pudera!
Olhem que eu jogo Farmville, falo aqui da tristeza de ter deixado de ver um pombo que criei, mas ainda não me deixei domesticar.
Como dizia uma velha amiga de Cacia, a Glória da Silva Pereira, então representante de Aveiro no Sindicato das Trabalhadoras do Serviço Doméstico, "Coragem na Luta contra os Filhos da Puta!"
Extraído da minha página no Facebook.
Texto e Foto: Luís Filipe Maçarico
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