Hoje ao almoço, discutia-se que novos impostos vão estes senhores que nos governam impôr a quem vive do seu trabalho. E quem são aqueles que podem beneficiar de idas ao estrangeiro para intervenções cirúrgicas? Quem tem dinheiro para pagar estadias, alimento, acompanhamento médico fora de portas? Quanto valem as reformas da maior parte dos portugueses idosos? E porque hei-de eu pagar por aqueles que não pagam casas, jipes, contas disto e daquilo?
Há um ano uma colega almoçava em restaurantes, onde podia pagar uma média de 11€. Para conseguir liquidar a prestação da casa, começou a ir ao refeitório onde paga metade. Este exemplo mostra bem como estamos emboscados. E por favor, não me venham dizer que é tudo por causa do petróleo. Dantes era o gonçalvismo, agora são os combustíveis...
Ouviram Sócrates dizer que (quando o petróleo subira já para 100 dólares) não imaginava que estivesse agora quase nos 150 dólares? Pergunto então porque não tomou medidas, nomeadamente na previsão orçamental?
Na Assembleia reflecte-se e define-se quando é que a pobreza atinge limites imcompatíveis com os direitos humanos. Um jornal dito de economia diz que somos livres de ser pobres ou ricos e que ser pobre é uma escolha e por isso o Estado não tem de ajudar quem escolheu mal. Como é possível alguém pensar assim nos dias de hoje?
Será que o pântano já nos engoliu e somos zombies e não sabemos?
Tantas perguntas para nenhuma solução, a não ser empobrecer.
No dia a dia, desorientação, desmotivação, stress, e é assim por todo o lado.
Ao regressar a casa, encontrei na estação do Cais do Sodré um ex-dirigente de uma Casa Regional sediada em Lisboa, que augurou o aumento do mal estar a seguir às férias, anunciando-me que vai fazer as contas da sua pequena empresa e talvez fechar.
Os sinais são imensos. E como se nada se passasse, casos como o das Águas de Portugal, em que ao invés da contenção, se esbanjaram balúrdios em viaturas luxuosas.
Vejo um ministro na TV a dizer que isto é como as células do corpo, umas envelhecem, outras rejuvenescem.
A coisa aqui está preta!
Texto e imagem:LFM
Há um ano uma colega almoçava em restaurantes, onde podia pagar uma média de 11€. Para conseguir liquidar a prestação da casa, começou a ir ao refeitório onde paga metade. Este exemplo mostra bem como estamos emboscados. E por favor, não me venham dizer que é tudo por causa do petróleo. Dantes era o gonçalvismo, agora são os combustíveis...
Ouviram Sócrates dizer que (quando o petróleo subira já para 100 dólares) não imaginava que estivesse agora quase nos 150 dólares? Pergunto então porque não tomou medidas, nomeadamente na previsão orçamental?
Na Assembleia reflecte-se e define-se quando é que a pobreza atinge limites imcompatíveis com os direitos humanos. Um jornal dito de economia diz que somos livres de ser pobres ou ricos e que ser pobre é uma escolha e por isso o Estado não tem de ajudar quem escolheu mal. Como é possível alguém pensar assim nos dias de hoje?
Será que o pântano já nos engoliu e somos zombies e não sabemos?
Tantas perguntas para nenhuma solução, a não ser empobrecer.
No dia a dia, desorientação, desmotivação, stress, e é assim por todo o lado.
Ao regressar a casa, encontrei na estação do Cais do Sodré um ex-dirigente de uma Casa Regional sediada em Lisboa, que augurou o aumento do mal estar a seguir às férias, anunciando-me que vai fazer as contas da sua pequena empresa e talvez fechar.
Os sinais são imensos. E como se nada se passasse, casos como o das Águas de Portugal, em que ao invés da contenção, se esbanjaram balúrdios em viaturas luxuosas.
Vejo um ministro na TV a dizer que isto é como as células do corpo, umas envelhecem, outras rejuvenescem.
A coisa aqui está preta!
Texto e imagem:LFM
1 comentário:
Caro Amigo Luis
Não resisto! Está actualizado demais...
""O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente naimbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como umladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
Eça de Queirós 1871, "As Farpas"
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