O Clube Desportivo Cova da Moura foi fundado em Março de 1952. Mantém-se com voluntariado e sacrifício dos directores que abrem a sede todos os dias e decidem coisas tão pertinentes como realizar uma noite de fado ou um torneio de jogos de salão inter-sócios.
Neste momento está a ser dirigido pelo segundo mandato consecutivo por uma mulher, operadora de uma fábrica de rebuçados. Antes dela um jovem estudante dirigiu os destinos do clube, que se tem destacado em termos desportivos.
Continuam a animar a tradição das noites de Junho com uma das mais saborosas sardinhas de Lisboa, que a falta de curiosidade dos lisboetas e até da vizinhança permitiu encontrar o espaço com algumas mesas livres para a delícia do petisco.
A semana passada caí na asneira de seguir a sugestão de uma amiga, desfasada das tascas do BA (Bairro Alto). Foi uma das piores experiências da minha vida: a salada vinha com cabelos, a sardinha era preta de tão congelada, a saber a abutre podre. Isto no Bairro Alto para onde costuma ir uma manada de gente que faz gala em se encontrar (ou exibir?) para beber umas zurrapas e não se ouvir no meio de berreiros e sons tronitruantes. A tasca em questão tinha deixado boa impressão no início dos anos 90, e Bual e Graça Morais eram seus frequentadores...Agora, turistas alemãs imberbes deliciam-se a comer merdola... regada com uma qualquer beberragem, desde que lhes cheire a xnapz (o som da palavra alemã que significa álcool, aguardente...)
O Cova da Moura, ao invés, apresenta sardinha do melhor, saladinha de chorar por mais e um vinhito singelo que sabe bem. Ali ao pé da Infante Santo e do Ministério dos Negócios Estrangeiros...
Ainda bem que há colectividades para fazer a diferença até em coisas tão importantes como é o convívio à volta de uma mesa na brisa, entre marchas e risadas de jovens...
Parabéns à presidente Eugénia Paulo e à sua jovem equipa e também ao assador e ex-presidente José Vilhena, de uma competência insuperável.
Eles são os maravilhosos fazedores de uma festa que insiste em espalhar alegria nos ares da cidade, que já pertenceu ao povo, cada vez mais cercada por condomínios, onde vive no meio de cidadãos normais uma gentalha que odeia misturar-se com a populaça e o odor das sardinhas.
Vivó Cova da Moura pela sabedoria da resistência, num tempo de invasão de espaços, outrora habitado e frequentado por gente humilde, que ao perder essa referência se torna noutra coisa, como quem mergulha um tecido cor de céu em lexívia...
( reportagem de LFM)
Continuam a animar a tradição das noites de Junho com uma das mais saborosas sardinhas de Lisboa, que a falta de curiosidade dos lisboetas e até da vizinhança permitiu encontrar o espaço com algumas mesas livres para a delícia do petisco.
A semana passada caí na asneira de seguir a sugestão de uma amiga, desfasada das tascas do BA (Bairro Alto). Foi uma das piores experiências da minha vida: a salada vinha com cabelos, a sardinha era preta de tão congelada, a saber a abutre podre. Isto no Bairro Alto para onde costuma ir uma manada de gente que faz gala em se encontrar (ou exibir?) para beber umas zurrapas e não se ouvir no meio de berreiros e sons tronitruantes. A tasca em questão tinha deixado boa impressão no início dos anos 90, e Bual e Graça Morais eram seus frequentadores...Agora, turistas alemãs imberbes deliciam-se a comer merdola... regada com uma qualquer beberragem, desde que lhes cheire a xnapz (o som da palavra alemã que significa álcool, aguardente...)
O Cova da Moura, ao invés, apresenta sardinha do melhor, saladinha de chorar por mais e um vinhito singelo que sabe bem. Ali ao pé da Infante Santo e do Ministério dos Negócios Estrangeiros...
Ainda bem que há colectividades para fazer a diferença até em coisas tão importantes como é o convívio à volta de uma mesa na brisa, entre marchas e risadas de jovens...
Parabéns à presidente Eugénia Paulo e à sua jovem equipa e também ao assador e ex-presidente José Vilhena, de uma competência insuperável.
Eles são os maravilhosos fazedores de uma festa que insiste em espalhar alegria nos ares da cidade, que já pertenceu ao povo, cada vez mais cercada por condomínios, onde vive no meio de cidadãos normais uma gentalha que odeia misturar-se com a populaça e o odor das sardinhas.
Vivó Cova da Moura pela sabedoria da resistência, num tempo de invasão de espaços, outrora habitado e frequentado por gente humilde, que ao perder essa referência se torna noutra coisa, como quem mergulha um tecido cor de céu em lexívia...
( reportagem de LFM)
1 comentário:
menino bonito....a brincar por aí....a fotografar... a sorrir....
que bom fico feliz!
beijo grande!!!!!!!!
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