A adivinhar pelo andar da carruagem....
A Carris está a ser gerida pela CML, desde o início do ano. E que constatamos? Com a turistada a aumentar, as carreiras não são mais constantes. Viva o povo apertado dos transportes públicos, em que aqueles que são velhos não deviam existir, pois os lugares - destinados a pessoas com mobilidade reduzida - estão geralmente ocupados por jovens estrangeiros, em cujos países seguramente terão menos possibilidade de fazer o que fazem por cá: patas em cima de bancos do metro, etc.
Carregar bilhetes para autocarros, eléctricos e ascensores da Carris, que também servem para o Metropolitano, é uma agrura, caso se deseje a identificação para efeitos de IRS.
Entregam-nos um documento, onde só falta explicar a cor das cuecas que vestimos ( e ao qual temos de responder rápido, pois tem de ser entregue em cinco dias) e passado algum tempo podemos ir buscá-lo, juntando aos comprovativos de despesas.
A Transtejo também usava este esquema, tendo começado este mês a inserir o nosso número de Contribuinte, no próprio instante da compra, poupando-nos a uma digressão mensal surrealizante, que implicava o pedido do documento, o seu preenchimento, a entrega e a recolha.
Há muito tempo que o Metro Sul do Tejo e a Fertagus preparam os seus equipamentos informáticos, fornecendo logo esses dados, que a Transtejo esteve meses para alcançar tal evolução, no sentido de nos facilitar a vida e a Carris insiste em usar.
A Carris continua [agora nas mãos da gestão medinesca da Câmara de Lisboa] a obrigar os utentes a repetir mensalmente esses passos, de um estúpido calvário que os consumidores não merecem.
Apetece mandar os cabotinos das Administrações, que mostram com essas atitudes a falta de respeito que a populaça lhes merece, para certos lugares.
Mas também apetece dizer aos do povo, que esses espelhos escaqueirados são resultado das suas escolhas políticas, originando espelhos retorcidos, que consubstanciam o que gostariam de ser: bem vestidos, generosamente pagos e se possível, espertalhaços em expedientes.
Porque ainda agora - depois de nefastos incêndios, segundo me relataram amigos credíveis, quando um Município enviou os seus agentes para fazerem o levantamento dos prejuízos, houve gentinha que se aproveitou e exagerou na relação dos estragos.
Estou a lembrar-me do restaurante gerido pelos carteiristas que mamava centenas de euros aos clientes, dos taxistas que acordam mal dispostos e nos insultam, se preferimos um itinerário menos entupido, etc. Não somos todos assim, mas uma parte substancial transpira chico-espertismo
Apetece mesmo mandar tudo à merda, porque o atraso também tem a ver com os cidadãos, que não agem, arrastando absurdos quotidianos, por sua própria inépcia, que acabam por prejudicar a Comunidade toda. Como iremos ver no próximo processo eleitoral para as autarquias.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotos)
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