"O movimento excessivo de transeuntes (essencialmente turistas, destes
que visitam a cidade nos poluidores Tuc Tuc, que fazem lembrar países do
terceiro mundo e não são controlados, porque pertencem a gente
influente), lembra-me o Natal, embora com temperaturas altas.
Os autocarros (a carreira 714, por exemplo, entre a Praça da Figueira e o
Parque de Campismo) andam sobrelotados, atraem os ladrões do eléctrico
das colinas, o que cria um ambiente péssimo, e no sentido inverso, no
passado domingo, ao fim da tarde, nem paravam na paragem onde graças a
uma boleia preciosa cheguei à Trindade, onde sugerira jantar.
A Trindade está uma mistificação - e como tudo o que foi reformulado
para turistas, tem um serviço de cozinha caro e insuficiente. Piroso,
com um novo riquismo, que transformou tudo aquilo num cenário de
convento sublinhado a traço grosso, com empregados fardados como se
fossem frades... O velho bife evaporou-se numa banalidade, com molhanga,
que não convence o gasto...
Esta semana passei pela Adega da Mó, com a Fernanda e o Luís, ele comeu
ensopado de borrego e nós, umas iscas, mais parecidas com a velha
gastronomia de Lisboa.
Na Rua Augusta vi um jovem casal estrangeiro, almoçando batatas fritas
com pacotes de mostarda e molho de tomate. Temo que a afluência
desmedida desta gente, traga consigo o que já se evidencia: Hostels a
nascer como cogumelos, mesmo em enxovias, ou será que é normal há
semanas atrás me terem relatado que jovens hospedados numa coisa dessas
andavam à procura de um sítio para tomar banho? A desaparição das
ementas da boa gastronomia portuguesa, pelo menos na capital. O
surgimento da Casa do Pastel de Bacalhau com Recheio de Queijo da Serra,
é disso exemplo. E não me venham com a conversa da inovação para
aceitarem esta inversão de valores...
Pergunto, o que lucramos com tais turistas, confundindo-nos com
"Marrocos da Europa", - designação que li há anos, indignado, num site
inglês, - uma vez que estas hordas de indivíduos, que parecem ter o
olhar perdido no casario, captado apressadamente do veículo barulhento e
veloz, que custa caro e quase voa, impossibilitados de rumarem para os
países baratos, assolados pelo terrorismo, onde não se juntavam com os
autócones, devorando as salsichas das suas adoradas Alemanhas...
As pensões aumentaram? Os salários melhoraram? Os impostos foram reduzidos?
(...) Sou contra esta invasão, que origina o desbragamento.
Sinto-me - face a estas multidões que não sabem ver - a perder qualidade de vida na cidade.
E ninguém me consegue convencer do contrário, porque enquanto alguns
(disseram-me que uns ingleses gozaram com a nossa gastronomia numa das
televisões) se divertem, bebendo e comendo por muito menos do que gastam
nos seus países, eu tenho de fazer um exercício mensal para equilibrar o
orçamento.
Ainda por cima este é um dos Verões mais quentes de sempre, o que torna
insuportável ter de levar com visitantes sem a qualidade, que só os
Ministros enxergam e aplaudem, neste tempo irracional."
Nessa altura, um anónimo (como só certos personagens das trevas gostam de, a coberto do estatuto que lhes dá o cobarde esconderijo) ripostou e vomitou - só agora publico - "Não tem o mínimo sentido o que escreveu.!!Acho que quer ver a baixa deserta novamente e só para você!!! "
Pois é com imenso gozo que transcrevo o "Público" de hoje.
A minha visão não terá sido única e pelos vistos estava mais que certo!
Muita gente deve ter detestado o que aconteceu este Verão, e por isso os TUC TUC e com eles a superficialidade dos invasores, travestidos de turistas, que nada acrescentam à nossa qualidade de vida, está impedida pelo próprio Município de perturbar a vida em alguns bairros antigos.
Milagre do Doutor Sousa Martins, que tantos devotos tem na cidade? Ou do nosso querido Santo António?
A exploração oportunista, misturada com os bem intencionados, chegou ao ponto de abrirem todos os dias sessenta alojamentos para estrangeiros, - que nem sempre são lugares de referência, deixando aqui a informação de uma dessas espeluncas, com beliches, vulgo hostel, cujos utentes, como vagabundos, andavam no largo onde resido a implorar onde poderiam tomar banho, pois a estrebaria tinha os wc impraticáveis.
Onde andará a ASAE e todas as fiscalizações, sempre a lixarem a cabeça aos mesmos, deixando proliferar, mantendo até as tascas propícias a doenças do foro gástrico, quiçá hepático...
Coitado do "patriótico" anónimo, que vê nas hordas, oriundas da estranja, uma fabulosa entrada de divisas e de animação. Só ele vê....
De certeza que no sítio onde habita, a algazarra não é companhia. Geralmente, são estes seres dignos das bandas desenhadas, de autores como Moebious (leia-se monstros, sem humanidade) que mandam postas de pescada, pretendendo atrofiar quem luta pelo bem estar colectivo, insultando.
Temos pena! A vida ainda faz sentido para os que gostam de viver, com projectos, sonhos e respeito pelos outros e se recusam a ser subservientes, a viver de joelhos num país que tem sido capacho para quem vem aqui procurar o El Dourado...
Ora desfrutem esta notícia que anuncia o fim de uma aberração:
Pois é com imenso gozo que transcrevo o "Público" de hoje.
A minha visão não terá sido única e pelos vistos estava mais que certo!
Muita gente deve ter detestado o que aconteceu este Verão, e por isso os TUC TUC e com eles a superficialidade dos invasores, travestidos de turistas, que nada acrescentam à nossa qualidade de vida, está impedida pelo próprio Município de perturbar a vida em alguns bairros antigos.
Milagre do Doutor Sousa Martins, que tantos devotos tem na cidade? Ou do nosso querido Santo António?
A exploração oportunista, misturada com os bem intencionados, chegou ao ponto de abrirem todos os dias sessenta alojamentos para estrangeiros, - que nem sempre são lugares de referência, deixando aqui a informação de uma dessas espeluncas, com beliches, vulgo hostel, cujos utentes, como vagabundos, andavam no largo onde resido a implorar onde poderiam tomar banho, pois a estrebaria tinha os wc impraticáveis.
Onde andará a ASAE e todas as fiscalizações, sempre a lixarem a cabeça aos mesmos, deixando proliferar, mantendo até as tascas propícias a doenças do foro gástrico, quiçá hepático...
Coitado do "patriótico" anónimo, que vê nas hordas, oriundas da estranja, uma fabulosa entrada de divisas e de animação. Só ele vê....
De certeza que no sítio onde habita, a algazarra não é companhia. Geralmente, são estes seres dignos das bandas desenhadas, de autores como Moebious (leia-se monstros, sem humanidade) que mandam postas de pescada, pretendendo atrofiar quem luta pelo bem estar colectivo, insultando.
Temos pena! A vida ainda faz sentido para os que gostam de viver, com projectos, sonhos e respeito pelos outros e se recusam a ser subservientes, a viver de joelhos num país que tem sido capacho para quem vem aqui procurar o El Dourado...
Ora desfrutem esta notícia que anuncia o fim de uma aberração:
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