De tanta coisa que tenho para dizer, as palavras tardam em surgir.
Tive de as forçar, pois não se pode ficar calado perante a injustiça, a barbárie, a guerra - dissimulada - aos velhos.
Falo dos doentes que morrem, na espera dos hospitais. Alguns à espera um dia inteiro, sem os atenderem, sem os socorrerem.
Falo dos "mil mortos a mais, que terão falecido, relativamente ao esperado."
Falo dos que têm pensões miseráveis.
Falo dos que não tomam medicamentos, por que não têm dinheiro.
Falo dos que passam fome (velhos e crianças), por que o dinheiro não chega até ao fim do mês....
Falo dos desempregados que já não recebem subsídio. De que viverão?
Falo dos sem abrigo, que dormem ao relento e só conseguem alguma melhoria quando o frio é mais frio.
Falo e não me calo, - apesar das palavras também andarem afectadas, com esta apatia geral.
E não me ponham mordaças, não me rotulem de piegas, que a verdade fala mais alto que a demagogia, a hipocrisia, a má política instalada, em quase tudo, pois primeiro, os senhores e as senhoras que mandam estão a tratar da vidinha.
Citando Sophia, "Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar"...
Luís Filipe Maçarico (fotografia e texto)
1 comentário:
Prisioneiros do sonho
até cumprirmos o sonho
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