Há uma mentalidade arcaica, trauliteira, que em tudo se revela medíocre e preconceituosa, causando infelicidade aos outros.
Falo
dos que preferem escolher os tiranos, que temos de suportar, perdendo a
dignidade e o direito ao pão, à saúde, à educação, aos bens essenciais.
Esses mesmos cidadãos, parte maioritária dos que votam, também se manifestam noutras decisões importantes.
Basta ver os comentários retrógrados, insultuosos, que predominam nas
notícias de jornais sobre a proximidade da votação na co- adopção.
Advogados
juntam-se a esta postura e um dos mais mediáticos defende que uma
criança deve ter pai e mãe e nunca dois pais ou duas mães em que um
deles assume o papel que nos casais considerados normais cabe à
cara-metade.
O problema é que estes
moralistas homofóbicos, primeiro, desconhecem resultados, não acompanham
a felicidade que meninos ou meninas possam ter, que na família dita
normal, na realidade disfuncional, lhes estava vedada, por tratamentos
criticáveis, pois não é por se ter pai e mãe que se é mais feliz. Nem é
justo que cresçam em instituições, ou sofram toda a sorte de
infelicidades, para que a família se mantenha custe o que custar.
A
Assembleia da República vai votar uma proposta que pode alterar as
injustiças e trazer paz às crianças (e aos novos pais) que merecem viver
sem sobressaltos.
Espero que toda a esquerda vote a favor da co-parentalidade.
A Sociedade também se muda nestes pormenores que são fundamentais.
A participação de cada um de nós ao lado dos Amigos que precisam de um estímulo, de uma cumplicidade, é nesta hora decisiva.
Conheço um caso de uma criança feliz que tem dois pais.
Voto a favor do amor que dedicam àquela criança, de sorriso feliz, ternamente cuidado, como se fosse sangue do seu sangue.
Lembro-me
de um menino da minha infância, que tinha pai, mãe e avó todos
alcoólicos. Um dia, uma rata de cano de esgoto comeu o nariz ao menino e
não é história imaginada.
Porque se
opõem e o que pretendem os senhores de gravata e discurso altivo?
Impedir os outros de viverem de acordo com a sua vontade, coartar a
liberdade de crianças e adultos terem direito a um mundo mais fraterno?
Como não posso ignorar a realidade que me rodeia, porque sou sensível e
humano e fiquei tocado pela bela história de renascimento de três
vidas, não falando nos avós, deixo o meu testemunho e, embora não tenha
direito a voto, fica assinado pelo meu punho que sou a favor da
co-adopção.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografia)
7 comentários:
Concordo absolutamente!
Concordo plenamente!
Concordo plenamente!
Subscrevo!
Subscrevo inteiramente!
Não podia estar mais de acordo e defenderei sempre o direito à co-adopção. O preconceito faz as pessoas cegas. O que torna as pessoas tão preconceituosas e insensíveis à felicidade dos outros? O medo de que o seu mundo de convicções comece a ruir? Tristes!!!
Subscrevo na totalidade amigo. Afinal a sociedade não está sempre a dizer que o que interessa é a felicidade da criança? Então porque vedar-lhe esse direito? É melhor que andem perdidas na rua?
Um abraço e tudo de bom para si.
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