Adelino e Raquel, pai e filha interpretaram Zeca Afonso, com os irmãos Freire. Os quatro formaram o Grupo "Amigos de José Afonso".
António Alves Fernandes, lendo o depoimento de seu irmão Ezequiel, que foi aluno de Zeca Afonso
Zeca Fontão (Pedra d'Hera)
A Professora Doutora Antonieta Garcia
A numerosa e interessada assistência
Fernando Paulouro Neves
O Trovador da Beira
No passado sábado dia 14de Abril, Alpedrinha, graças a um Punhado de Amigos, celebrou com grande dignidade, numa inesquecível confraternização, a memória, a obra e o cidadão Zeca Afonso.
Barata Roxo saudou os participantes, anunciando um programa muito rico de conteúdo, onde se destacaram pelos seus depoimentos, o director do "Jornal do Fundão", Fernando Paulouro Neves, a Professora Antonieta Garcia e António Alves Fernandes, além do Trovador da Beira, de Zeca Fontão (Pedra d'Hera), Luís Filipe Maçarico (que disse 3 poemas de José Afonso) e o Grupo Amigos de Zeca Afonso.
Para Fernando Paulouro Neves, José Afonso teve disponibilidade e capacidade para compreender o tempo histórico que era o dele e por isso a sua actualidade. Ele é escutado pelas gerações mais novas. O seu génio consegue romper o silêncio porque éum músico e poeta de primeira linha.
Por seu turno, Antonieta Garcia lembrou que a influência de África é fundamental, marca o ritmo de Zeca Afonso, não é por acaso que ele se mantém. Vão todos beber a Zeca Afonso, o Homem que revolucionou a Música Portuguesa, é nesta altura que Ary dos Santos faz a Desfolhada e a Menina...
Zeca teve um recorde de vendas com as Cantigas de Maio e a partir daí começa a cantar na Europa.
Comprou uma casa em Monsanto "Porque às vezes é preciso pôr lá fora alguns camaradas e vai servir para os esconder e passarem para Espanha."
A Professora da Universidade da Beira Interior, que iniciou a carreira de docente, na mesma escola, onde José Afonso dava aulas de História, aos filhos dos pescadores, revelou que se cantava nas colectividades, acontecia com muita frequência haver agentes disfarçados, os pides estavam na assistência e pediam os Vampiros e o Menino do Bairro Negro (O Zeca estava proibido de cantar aquelas canções) enquanto os amigos sugeriam outras canções...Mas os pides insistiam "Vampiros", "Bairro Negro". E o Zeca respondeu " Vocês só gostam de bacalhau com batatas!"
Participou no Punhado de Amigos, que celebrou Zeca Afonso, o pai do actual presidente da Câmara Municipal do Fundão.
António Alves Fernandes, leu um texto escrito pelo seu irmão Ezequiel Alves Fernandes, que em 1969, na Turma do 2º R do Ciclo Preparatório da Escola das Areias em Setúbal foi aluno do Professor de História Dr. José Afonso que dizia aos alunos de uma Turma problemática, com muitos repetentes, com idades dos doze aos dezassete anos, alunos de bairro de lata, subnutridos, que “ a História que vou ensinar é contada pelos Homens do Mar, sentida nos Lugares e vivida pelos Povos, que fazem a História”.
Ezequiel Fernandes rematou o seu depoimento desta forma:
"Se este não fosse um País de labregos, com colossal desonestidade, que medram em asfixia mediocridade de cariz inquisitorial, provavelmente o País respirava a Obra Humana, Intelectual, Musical e Poética de Zeca Afonso."
Luís Maçarico trouxe estes versos de Zeca (aqui cantados pelo próprio cantor), que merecem uma reflexão, face aos tempos actuais:
António Alves Fernandes, leu um texto escrito pelo seu irmão Ezequiel Alves Fernandes, que em 1969, na Turma do 2º R do Ciclo Preparatório da Escola das Areias em Setúbal foi aluno do Professor de História Dr. José Afonso que dizia aos alunos de uma Turma problemática, com muitos repetentes, com idades dos doze aos dezassete anos, alunos de bairro de lata, subnutridos, que “ a História que vou ensinar é contada pelos Homens do Mar, sentida nos Lugares e vivida pelos Povos, que fazem a História”.
Ezequiel Fernandes rematou o seu depoimento desta forma:
"Se este não fosse um País de labregos, com colossal desonestidade, que medram em asfixia mediocridade de cariz inquisitorial, provavelmente o País respirava a Obra Humana, Intelectual, Musical e Poética de Zeca Afonso."
Luís Maçarico trouxe estes versos de Zeca (aqui cantados pelo próprio cantor), que merecem uma reflexão, face aos tempos actuais:
Texto, fotos e recolha de Luís Filipe Maçarico
2 comentários:
PARABÉNS amigos de Alpedrinha!
E em especial ao amigo Francisco Roxo por mais uma bela iniciativa cultural, desta vez!
Celebrando "Zeca Afonso".
Gostava de ter estado presente, mas por motivos de saúde não foi possível! Quem sabe! Dentro em breve aí estarei para aquele abraço, e apresentação do meu novo Livro de Poesia " Novo Amanhecer ", Lá para Junho!
Irei informando!
Deixo-vos o meu abraço
de amiga certa... Rosa Dias "SAUDADES A ALPEDRINHA E SUAS GENTES""
Bom que a memória não esquece quem fez das canções uma arma de luta.
Um abraço
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