Enquanto o comboio não volta a atravessar o Alentejo, o Expresso matinal leva-me a partir de Sete Rios, até Beja.
Como vivo em Portugal, desde que me afaste de Lisboa, quer vá para Viana do Castelo ou para o sul, tenho de esperar, por vezes horas, pela ligação ao destino pretendido.
No terminal rodoviário de Beja entretenho-me a ver os pormenores, depois de enganar o estômago, embalando os minutos que faltam para apanhar a "carroça" que me levará até Mértola, onde chego sempre, por esta via, há dois anos, às três da tarde.
Nestes meses de calor, o ar condiconado da viatura modelar é abrir as janelas...
Mas a paisagem e os companheiros de viagem (o povo dos montes e das aldeias) acabam por me comover, pois a imensidão e secura do Baixo Alentejo, acaba por deixar uma forte marca nas pessoas.
Se a viagem fosse no Norte, o som das vozes seria intenso. Todavia, nestas paragens a única intensidade é o silêncio e a contemplação. Por isso me comovo.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)
Como vivo em Portugal, desde que me afaste de Lisboa, quer vá para Viana do Castelo ou para o sul, tenho de esperar, por vezes horas, pela ligação ao destino pretendido.
No terminal rodoviário de Beja entretenho-me a ver os pormenores, depois de enganar o estômago, embalando os minutos que faltam para apanhar a "carroça" que me levará até Mértola, onde chego sempre, por esta via, há dois anos, às três da tarde.
Nestes meses de calor, o ar condiconado da viatura modelar é abrir as janelas...
Mas a paisagem e os companheiros de viagem (o povo dos montes e das aldeias) acabam por me comover, pois a imensidão e secura do Baixo Alentejo, acaba por deixar uma forte marca nas pessoas.
Se a viagem fosse no Norte, o som das vozes seria intenso. Todavia, nestas paragens a única intensidade é o silêncio e a contemplação. Por isso me comovo.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)
1 comentário:
... e me comoves...
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