"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

domingo, junho 13, 2010

Pormenores do Património Discreto na Freguesia de Tôr (Loulé)



























Este 10 de Junho estive numa aldeia do Barrocal, que é sede de uma freguesia recente - Tôr- a convite da antropóloga e socióloga Mestre Sónia Guerreiro Tomé, directora de serviços da Associação Social e Cultural da Tôr e directora técnica do respectivo Centro Comunitário. O património discreto e uma palestra em torno dessa realidade, surpreendeu as pessoas presentes na sessão que olhavam incrédulas para aldrabas, batentes, cataventos, cantarias, um signo saimão, e outros testemunhos da sua terra, que afinal desconheciam, pois como concluíram, prometendo outra atenção sobre os objectos e elementos desse espólio identitário, ver e olhar são formas diferentes de captar a realidade.

Esta investigadora desenvolveu pesquisa na área da Sociologia e da Antropologia Rural, tendo tido outras experiências nas áreas do desenvolvimento local e da acção social, sendo a sua tese de mestrado, orientada pelo Prof. Dr. Pedro Prista, alvo de elogiosos comentários da Professora Fabienne Wateau, durante a dissertação que decorreu no ISCTE, em 2009. A tese chama-se "A Água Dá, A Água Tira: Gestão Social dos Extremos da Água (Seca e Torrencialidade) no Barrocal Algarvio". A tese está online e francamente recomendo a sua leitura.
Para desfrutarem de um estudo com qualidade, cliquem então em: http://repositorio-iul.iscte.pt/browse?type=author&value=Tom%C3%A9%2C+S%C3%B3nia+Guerreiro

Algumas das imagens aqui divulgadas foram primeiro partilhadas no Facebook, tendo havido comentários muito estimulantes, como foi o caso da companheira Maria Elvira Carvalho, que afirmou: "Respira-se paz nestas paragens", de Pedro Miguel Gomes Gonçalves, que opinou: "Uma freguesia bastante bonita".
Retenho contudo, o comentário intenso de Susana Gama, mestranda dum curso sobre o património, na Universidade do Algarve:
"Eu, como algarvia, tenho a agradecer-lhe estas magníficas imagens que ilustram o imenso património rural que o Algarve tem e que tão desapercebido passa da maioria dos turistas, mesmo daqueles que não procuram só sol e praia e que bem falta faziam à economia local destas freguesias."
Obrigado a todos por essas opiniões.
Todavia, a Tôr, através das imagens que nela recolhi, fica agora disponível para outros leitores, que espero, também venham comentar este post.

Antes que me esqueça, deixo uma informação gastronómica (pois nem só de estudos vive o homem): Na Estação de comboios Loulé, existe um cantinho chamado "Boa Viagem" que serve de bar para o viajante que precisa de se abastecer de comes e bebes. Pois eles têm só as melhores bifanas que você já provou, asseguro sem dúvida. Experimentem.

Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)

1 comentário:

rosa disse...

Estou triste por não te ver!
Mas estou feliz por ver o que vás fazendo!
Parabéns amigo,por mais estas fotos sobre os teus passeios, desta vez Loulé.
Lindas paisagens, que gravas na alma e divides connosco, embelezadas com as tuas palavras poéticas.

Aceita aquele abraço da amiga certa.
Rosa Dias