De Norte a Sul, ao fim de semana, muitas localidades parecem aldeias (ou vilas) fantasma. Verifico isso já desde o tempo da troika. Em Lisboa, a Rua dos Fanqueiros nessa altura era um imenso deserto de lojas fechadas. Muitos edifícios, porque os proprietários envelheceram, faleceram ou desinteressaram-se, ou os próprios filhos tiveram a mesma atitude de abandono, viram crescer as trepadeiras como é o caso da fotografia que partilho, realizada esta tarde em Alcanena, onde vários palacetes oferecem o ar desolador bem visível na janela invadida por uma trepadeira, perto da Biblioteca Municipal.
Enquanto isto, no Algarve exige-se que para enfrentar a concorrência do turismo inglês em Espanha, não seja pedido a quem chega da Inglaterra um documento comprovativo de imunidade ao Covid...
A Sic mostra os ingleses (80% dos hotéis cheios) a curtir sem máscara e papalvos como eu estão há quase ano e meio a usar máscara e a viver com mil cuidados.
Somos mesmo o caixote de lixo dos que têm dinheiro para comprar um país de pedintes, onde empresários com muitas aspas tentam influenciar decisões, porque a economia é a deusa de todas as vontades.
Ao mesmo tempo, a pandemia agiganta-se em Lisboa e os especialistas dizem que o descontrole dos festejos leoninos levou a mais este retrocesso.
Ninguém teve culpa. Mas as consequências sofremos todos.
A trepadeira é o tempo a invadir tudo, antes da derrocada. E gente benfazeja fala da imunidade de grupo, havendo entidades super protectoras que em desespero inventam que só gente da mesma família se pode sentar lado a lado ou frente a frente num restaurante.
Será para levar a sério, este país?
LFM (Textoe e foto)
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