Há um velho dito que afirma que “não bate
a bota com a perdigota” (muitas vezes, gente de quem ouvimos falar tem comportamentos
dissonantes, com um prestígio do qual goza, por se ter destacado numa arte ou
numa intervenção cívica...). Hélder Costa é
excepção a essa regra.
No presente caso, o entrevistado excedeu
as expectativas. Contou-nos histórias com uma cativante dose de humor e ironia.
Encantou-nos, de tal forma, que estivemos à conversa horas e horas, com um
almoço de permeio.
A
INFÂNCIA EM GRÂNDOLA
Hélder Mateus Costa nasceu no dia de Reis
(6 de Janeiro) de 1939, em Grândola e relatou-nos assim a sua infância e
juventude:
“Os meus pais eram camponeses, nasceram na
serra de Grândola, lá se encontraram, casaram e decidiram ficar por Grândola. O
meu pai desenhou e construiu a casa, para viverem (nos arrabaldes, mesmo perto de
um acampamento de ciganos) …Vivo ali, faço a escola, era bom aluno. Fiz a 4ª
classe e a admissão. O meu pai era um camponês um bocadinho especial. Eles
tinham terras com sobreiros. E o meu pai pensou “Vou fazer uma fábrica!”.
Na minha memória, desde criança, vem então
uma relação curiosa: Ia com o meu pai assistir à tiragem da cortiça. Levava um
livro e na altura da sesta lia-o aos camponeses. A relação do meu pai com os trabalhadores
era diferente, porque ele dava sempre mais salário e depois ouvi uma discussão
lá em casa, com os amigos dele. “Eh pá deixem-se disso, eu conheço essa vida!”.
A minha mãe, sempre com os livros. Isso
criou em mim o interesse pelo conhecimento.
Nasci na rua Infante D. Henrique. Havia as
histórias aos quadradinhos. Vou criando essa preocupação, esse culto. Imediatamente,
a gostar de cinema. A dada altura, vai um filme em Grândola, com a Maria Félix,
“Rio Escondido”, O cinema estava cheio e quando ela mata o patrão, que tentou violá-la,
levantam-se todos a aplaudir, tudo aos gritos “Bandido!”. O êxito foi tal que o
filme foi mais umas quatro ou cinco vezes à cena. Isto são coisas importantes,
mexe!
A minha mãe era amiga dos ciganos, daquela
gente toda, dava dinheiro, eu ia brincar com a rapaziada cigana em cima do
burro…foi uma educação livre, sem proibições. Foram mesmo marcantes!
Havia sempre naquelas famílias dos meninos
que andavam a estudar, a “Festa de Anos”. E eu oferecia sempre um livro. Um
amigo meu contou que o pai tinha comentado “ para que é essa porcaria?” A minha
relação com essa malta começou a ser difícil, digamos que dura até aos 15 anos.
Na minha rua havia dois barbeiros, era
malta nova. Um deles ensinou-me a jogar xadrez. Um dia, vejo escrito em vários
sítios “PAZ”, tinha a ver com a questão da NATO, (foi em 50, salvo erro…) Lembro-me
de estar no café e apareceram amigos do barbeiro, com uns papéis para a malta
assinar sobre a Paz. Assinei logo. Passados uns dias, fui chamado ao chefe do
correio: “Ouve lá, ó Hélder, tu assinaste um papel, tem cuidado, não comeces a
assinar papéis!” Foi o primeiro contacto que tive com a Pide sem o saber! Rodam
mais uns dias e aquela malta…Foi tudo preso para Caxias! Grande indignação. Passaram-se
seis meses, os tipos voltam. Havia as conversas e eu a ouvir as estórias que
eles contavam, tinham aprendido línguas, técnicas, desenho. O desenhador até
foi seleccionado para trabalhar com arquitectos. Aquele “tratamento” deu-lhes
conhecimentos e ficaram de esquerda. Foi uma escola, o serem presos. Tive a
percepção e o efeito da prisão.
Dado
o meu estilo um pouco libertário, é evidente que comecei a ter namoros que,
naquela altura, são ingénuos…”
O
TEATRO, A LUTA E O CONHECIMENTO
“Quando
começou o seu interesse pelo Teatro (e onde)?”
De vez em quando, juntavam-se, lá em
Grândola, e faziam uns quadros cómicos. Até faziam na Praça “Cegadas”. Vi uma
ou duas. Achei graça! Adorava cinema e criei respeito especial por aquela
gente, mundo que nunca pensei poder alcançar. Nunca sonhei fazer coisas
importantes.
Quando cheguei a Coimbra, (tinha 17 anos,
fiz o Liceu no Camões) comecei logo por um treino de futebol na Académica, treino
que estava a ser dirigido pelo célebre (Mário) Wilson. Fui escolhido para ir no
dia seguinte. “Dói-me o corpo todo, não vou jogar à bola”. Desisti…
Gostava de cantar, vou para o Orfeão.
Quando vou, há uma malta que diz “Vem para
o CITAC!” Aí encontro o Luís Lima, que tinha ido nos anos 50 para Paris, fez
parte da equipa do Marcel Marceau. Decidiu ir para o Brasil, transformou-se em
professor, actor e a Fundação Gulbenkian contratou-o para dirigir o CITAC. Ele
fazia mímica, era fascinante e espantou todos com o quadro artístico puro.
Entrei para o CITAC. Começa o bloqueio, mandavam-se
peças para a Censura, era tudo proibido, até o Gil Vicente é proibido. “Eles
têm medo do Gil Vicente de há 500 anos? Esta merda não vai abaixo só com
Teatro!” Aí entrou o interesse político e entro a sério no activismo associativo.[1]
Começo a fazer viagens pela Europa, à
boleia, com a malta, mas nunca iria fazer direito, talvez corpo diplomático,
fora daqui!
Em 61-62, começa a Guerra Colonial. Há uma
malta, dois médicos comunistas morrem na Guiné. Nessa altura, sou contactado
para entrar para o Partido Comunista. Vou de viagem e em Paris compro o
“Manifesto Comunista”. Cheguei a Coimbra, contactei o “camarada”…”Eh pá, estive
a ler, quero ser!” Numa reunião na Faculdade de Direito de Coimbra perguntei:
“E a Guerra Colonial, como é que é?” “Temos de ir!” “Ah, mas eu estou
totalmente contra!” “A gente vai para lá para fazer a guerra mais humana!” Perante
aquilo, “Desculpem lá, ficamos amigos, tenho todo o respeito, mas eu vou fazer
outra coisa!” Esse fazer outra coisa,
foi o que comecei a fazer!
Recebo uma ordem do Exército, para ir para
a Companhia Disciplinar de Penamacor. Reclamo. Mandam os argumentos. Toda a
malta tinha feito a greve dos estudantes. Fui à PIDE com a carta, protestar. “Se
é só isto, não fiz nada!” (é interrogado durante 3-4 horas). O inspector Sachetti,
careca, tipo filmes nazis, com perfume de puta, sempre com aquelas frases: “O
Senhor Doutor está bom?” “O Sr Doutor é uma pessoa inteligente, mas tem de ir
para Penamacor! Eu disse: “Isso é uma injustiça, fazem-me perder tempo!” “Se
por acaso sair de Penamacor, não volta a Coimbra!”
Quando já estava a levantar-me ele diz:
“Parece que o Sr. Dr. está indicado para ser o próximo presidente do CITAC…vai
ter um posto na Via Latina, no Cineclube. Saia!”
Quando já vou à porta, ele dá-me uma
pista…
“Também está indigitado para pertencer à
Direcção da Associação Académica.”
Dois camaradas tinham efectivamente falado
comigo, para ir para a Direcção da Associação Académica. Passados uns dias, vou
mais cedo e vejo uma série de papéis assinados pelo PCP a convocar uma
Manifestação para a Câmara de Coimbra. Mais tarde ouvi comentar: “Estava para
haver uma Manifestação, a PIDE foi lá e apanhou os papéis todos.”
A 13 de Maio foi para Penamacor. Há uma
razia de estudantes (trinta ou quarenta) foram presos para Peniche Descobriu-se
que um elemento preso acabou por passar a informação à PIDE. Volta para Lisboa
e começa a funcionar com a falsificação de passaportes e passagem de fronteiras
(eram três).
“Durante
uma quantidade de anos ando por Coimbra a tentar contactos. Estamos em 67,
safámos dezenas de putos, trabalho extraordinário…! Imagino com gozo o ódio da
PIDE, antes do inevitável salto para Paris: - ”Está combinado (influência do cinema)
todos os dias às sete da tarde telefono, levantas o auscultador e não falamos.”….
Oiço o telefone…aparece um tipo: “Quem é que fala?” Respondo -“És um atrasado
mental, estou aqui a gozar contigo, vais ser corrido da PIDE”. Chego ao meu
quarto, arrumo a tralha e deixo um livro de Mao Tse Tung “O Poder Político Nasce
do Cano da Espingarda” e ponho um “objecto das Caldas” com o aviso “Não Mexer!”
O cenário estava preparado para lhes fazer
perder a paciência…!”
“Andei escondido, ia para a praia, deixei
crescer bigode. Inventei uma saída. Vou sair no dia 15 de Agosto, é um feriado
mundial. Ela ascende aos céus. Se
calhar a polícia e a guarda, em Espanha, estão mais distraídos, passo a nado no
Guadiana, levo o meu fato num saquinho de plástico. Fizemos a saída dentro de
um pneu, perto de Campo Maior - Elvas.” Chega a Badajoz. O contacto não lhe
levou a mala, perdeu o combóio. “Estou lixado!”
Chegou ao café - “onde é aqui o bairro das
meninas?” Entrei. “Sabe, estou
cansadíssimo, só preciso de dormir, com um despertador para apanhar o autocarro
para Madrid”. Chegado a Madrid, compra uma camisa, pasta de dentes e apanha o
comboio para Paris. Não havia um português no comboio, só argelinos,
marroquinos.
“Chegamos à fronteira, levo uma das malas
duma rapariga e passo. Pronto, já estou em França! Apanho o metro para o
Quartier Latin. Vou a descer, vem a subir no sentido contrário um gajo que
tinha ajudado um ano antes. “Tens de ficar em Paris”. “Fico”.
“No dia seguinte comecei a trabalhar na
recepção dos hotéis. Encontro o José Mário Branco. Acabei por ir viver para
casa dele, até me juntar com outra malta que lá estava.
Fiz o que tinha feito em Coimbra - uma
República!”
-“Chegou
a trabalhar como actor?”
“Quando queria ser actor no CITAC, fui
para Penamacor.”
Hélder Costa representou vários personagens
na Vida. “Fui sempre um grande malandreco. Estava farto de fazer teatro para
estudantes. Organizei coisas a sério, íamos dizer poesia para a Moita, Baixa da
Banheira, com a Manuela de Freitas e malta do PC.”
“Lembra-se
da sua primeira encenação?”
“Em 64, havia em Grândola, a Sociedade
Musical Fraternal Grandolense. Amigos meus, que estavam lá na direcção, começam
a fazer teatro e eu desenhei o cenário. “As Cinco Vogais, AEIOU” num pano preto
e por cima das letras uma grade, estavam presas. “Queres fazer uma peça tua?
Então, é a minha primeira encenação. “Gota de Mel” [de Léon Chancerell. Fizemos
3 peças, vestidos de preto. Uma, da Teresa Horta; “O Doido e a Morte” e a” Gota
de Mel”.
A estreia foi um sucesso, com a malta toda
a bater palmas e o público a pedir “BIS!!!” . A peça foi várias vezes repetida
e no fim - de - semana seguinte é representada numa Cooperativa nas Ermidas.
Veio a Guarda, proibiu. “Comecei bem!”
Claro que relacionado com isso, fui eu que
organizei a sessão com Carlos Paredes e Zeca Afonso. Ele ficou entusiasmado e
fez a música “Grândola Vila Morena”.
Vamos explicar, a chamada “Música Velha”, a da
colectividade, metia PC, anarquistas, maçons. Depois da guerra civil de
Espanha, cria-se a “Música Nova, a dos agrários.
OUTRAS
MEMÓRIAS
“Como
foram os anos do Exílio? ”
“Estiveste exilado?”
“Não, eu aproveitei o “Erasmus do Salazar”!
(Boa! espanto e risos…)
Hélder fundou o Teatro Operário, em 1970,
em Paris. “Eu fiz sempre o teatro e os cartazes do ataque, o oprimido é o
“coitadinhismo”. A malta precisa sempre de apelar à Luta. A minha experiência
no Cénico de Direito foi importantíssima. A malta do teatro é obrigada a ler,
tem de fazer formação de quadros. O Teatro Operário também foi muito importante
na acção política. Desenvolveu núcleos teatrais em França e por toda a Europa.
Atacou de frente o problema da guerra colonial, com a peça “O Soldado”, grande
êxito com dezenas de actuações em França, Luxemburgo, Holanda, Bélgica,
Dinamarca e Suécia.
A malta fala das greves de 62 e 69. E
nunca se fala da luta em Lisboa, de 65. Começa tudo com o Saldanha Sanches na
rua, a apanhar um tiro de um Pide. Organizámos uma Comissão Secreta para fazer
a agitação toda. A PIDE ataca a sério.”
Hélder organiza o 1º Festival de Teatro
Universitário, trazendo o TEUC, o CITAC, Porto, o Técnico. O Festival
realizou-se no Teatro Monumental, depois de ter falado com o Vasco Morgado, que
ofereceu o Teatro. Abre o Festival. No camarote, o ministro Paulo Cunha e o
reitor Galvão Teles. Começa: “Camaradas, amigos, senhor ministro, estamos aqui
a fazer a manifestação sobre a educação e a cultura. É evidente que este
festival é dedicado aos estudantes presos. É também dedicado aos operários
presos. Sim, também é dedicado aos soldados que estão numa guerra injusta”. O reitor
e o ministro saem. Abrimos com as “Histórias para serem contadas”, de Osvaldo
Drágun. Acabou o Festival
A cantina já estava ocupada e vai lá o
Paulo Cunha. Começa a provocação…“Sou chamado para uma reunião na reitoria,
cinco, seis gajos à civil, proferem e gritam que sou mal - educado, agitador,
incrível, estraga a estabilidade.”. Um Pide perguntou: “Sr. Reitor quer dar o
castigo?” “Sete anos expulso”. “Insisto que o senhor reitor me diga, por que
motivo faz esta acusação” E o chefe dos Pides: “Vá-se lá embora!”
Numa entrevista, a memória nunca é linear,
organizada. Os fragmentos da caminhada, tendem a ser partilhados num discurso
que avança e recua. Nesta conversa sucedeu essa tendência tão natural, porque
há sempre algo que regressa fora do contexto anterior, com carácter de
urgência, para a informação ficar completa. Hélder Costa, a propósito da
passagem por Penamacor, recorda:
“Aproveitei Penamacor para me preparar
para outras coisas. A BCG passou por lá, tinha uma mancha no pulmão. Telefonei
à minha mãe “Isso é uma coisa que tiveste em pequenino.” “Expulso do Exército.”
Após a conversa na Casa do Alentejo,
Hélder Costa acrescentou o seguinte, que tem a ver com a sua formação cívica: “O
médico Manuel Reis que tinha estado preso no Campo de Concentração do Tarrafal,
tinha aprendido a cura do Paludismo. Esteve na Guerra Civil de Espanha. Era
médico extremamente inteligente. Ficou amizade muito especial. Informava do que
lia nos jornais, tinha todo o respeito e tentava informar.”
“Que
diferenças encontra no Alentejo da sua juventude e no de hoje?
“Para mim, o Alentejo continua a ser os
comportamentos e o estilo das pessoas. Continuo a ver o Humor e essa
inteligência, que é uma herança da resistência (que vai de pais para filhos).
Tenho grande respeito pelo Alentejo e após 25 de Abril, começou um jogo: a
utilização do humor pérfido para destruir as lutas. O humor é uma arma de
resistência positiva e negativa. Os nazis inventaram primeiro as anedotas sobre
judeus e depois queimaram-nos. Eu sou um adepto profundo da geringonça, pois
foi o que fiz toda a vida.”
O
TEATRO, UM PRAZER QUOTIDIANO
“Que
autores encenou? Qual deles foi o seu maior desafio?”[2]
“O maior desafio foram as minhas peças,
mesmo. Autor com quem tive prazer extraordinário, foi Molière, uma nova versão
de Tartufo. Fiz “Santa Joana dos Matadores”. O Cavaco cortou o subsídio à
Barraca, durante dez anos, mas não houve um grupo que nos apoiasse.”
“Como
está o Teatro Português?”
Está como o teatro europeu, [o pós - modernismo],
começou a desconstrução da Palavra, o tricot, que levou as pessoas a lerem
menos.
“O que é que temos?” Foram imitar os
Centros Dramáticos, simplesmente a linha que fizeram, não foi de colaboração
com o público que lá estava. Na prática, estás a fazer teatro para os críticos,
para os amigos. Grupos importantíssimos acabaram. E não trouxeram público”. “Desde que a Barraca apanhou porrada, os
críticos não falam - o público não fica mal informado!”
“A vitalização do Teatro, eu sabia como é
que se fazia, era aposta séria no teatro amador e universitário, sem imitar.
Fazer uma coisa activa, que chateasse estes gajos. Que mexesse e entusiasmasse
as pessoas, baseado no humor, é fundamental.
Todos os anos temos de ter capacidade de
invenção, organizámos festivais Gil Vicente, com escolas. Distribuímos o
dinheiro ganho com o Ministério da Educação, pelo grupo que ganhava”.
De Janeiro a fins de Maio, de manhã,
realizámos dois espectáculos para escolas. Encenaram “O Ano da Morte de Ricardo
Reis”, “Felizmente há Luar” e a “Farsa de Inês Pereira”. Também para
associações e clubes. Realce para “Os Encontros Imaginários”. No dia de folga
(escreve textos sobre coisas impossíveis. Exemplo: Salazar a falar com Humberto
Delgado e Soror Mariana). Todos os quinze dias é diferente.
-“Como
é que consegue?”
-“Não tenho nada para fazer!”
“Consegui que fossem feitos em Barcelona,
Madrid. Começou há 7 anos…
Tenho de dar a volta. Fiz telefonemas:
Otelo, queres fazer Humberto Delgado? Apanhei Miguel Real, para fazer de
Salazar e a filha de Humberto Delgado para fazer de Soror Mariana. João Soares
(Mao), José Carlos de Vasconcelos (Jesus Cristo) Júlio Isidro (Goebls)”…
“Que
significado têm para si os prémios que recebeu? [3]
“É um prazer. Mas também não sou do estilo
que fala disso de manhã à noite. Gostei imenso, dos internacionais, um gajo vai
representar em português peças minhas [O Príncipe de Spandau] sobre o Rudolf
Hess sozinho no castelo. Estreou em Viena de Áustria, Dinamarca, Londres,
Roménia, Brasil e depois fiz em Portugal. Outra, México, Brasil, Dinamarca. São
estimulantes, é a entrada noutros sítios. São coisas minhas!”
Hélder Costa tem várias peças editadas,
como “O Incorruptível”, “Queres ser ministro?” “BushLândia”, “Nau Catrineta”, “Marilyn,
meu amor”, “O Príncipe de Spandau”, Mi Rival, “Um homem é um homem- Damião de
Góis” e “O Saudoso Tempo do Fascismo - introdução ao riso e à memória”, edição
Parvoíces (2005)
A entrevista termina da mesma forma
divertida como começou. O sorriso do Hélder é uma espécie de passaporte para a
sabedoria e o humor, que enriquece quem o escuta.
Luís
Filipe Maçarico/ Rosa Calado
(Entrevista publicada na revista "Alentejo", Novembro de 2018)
[1] Hélder Costa dirigiu o Cénico de
Direito que obteve durante dois anos consecutivos - 1966 e 1967 - no Festival
Mundial de Teatro Universitário de Nancy duas menções honrosas.
[2] Entre outros, Hélder Costa encenou
Dário Fo, Ionesco, Fassbinder, Brecht, Ribeiro Chiado, Lope da Vega, Gil
Vicente e Molière.
[3] Hélder Costa foi galardoado com o
Prémio da UNESCO, o Grande Prémio de Teatro da RTP, da Casa da Imprensa, da
Associação de Críticos. A Câmara Municipal de Grândola, atribuiu-lhe, em 2004,
a medalha de Mérito Municipal.
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