Quem se aposentou a partir de 2013 e anos seguintes, mas que apresentara
a documentação, solicitando que a pensão fosse atribuída em 2012,
acabando por recebê-la apenas em 2014, sofreu vários cortes. Primeiro,
porque nesses anos de troika e de governação austeritária, a idade de reforma subiu
três anos em 2013 e mais um em 2014, sendo a pensão
calculada em função da data em que foi atribuída.
Pelo que foi confiscado a dezenas de milhar, recorreram alguns trabalhadores, cujos sindicatos os apoiaram, tendo o Tribunal Constitucional dado razão aos lesados, que acreditaram poder aposentar-se numa altura mais propícia.
Em certos casos, a entidade que devia defender aqueles que se viram perante uma situação inesperadamente adversa, recusou fazê-lo e quem protestou, ainda foi ofendido, como se não tivesse qualquer direito, colocando-se esses juristas sindicais (que desejo sejam poucos, ainda que sujem o prestígio de instituições que sempre defendi) do lado dos rapinadores.
Perante o
acórdão do Tribunal Constitucional [solicitado a pronunciar-se por
causidíacos honestos que aceitaram defender trabalhadores em situações
semelhantes] obrigando a rever o cálculo do valor atribuído, penso apenas isto: Como podem advogados elitistas e
demagogos ter brio profissional, perante uma derrota tão estrondosa? E quanto aos organismos que os empregam, será que dormem descansados os seus porta-vozes? Um pedido de desculpas será o mínimo que se exige.
LFM
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