Abril foi um momento de renovação no País, há 42 anos. De esperança. De sonhos possíveis.
Assim me sinto, na minha nova morada.
Ultrapassados os sessenta anos e tendo vivido seis décadas na mesma casa, no mesmo largo, no mesmo concelho, não é fácil decidir partir e assentar pouso noutro concelho, noutra rua, noutra casa.
Eis-me a ressuscitar, depois de um longo percurso.
Procurando reinventar-me.
Trouxe uma mochila de esperanças e sonhos.
Vim para uma terra onde reencontrei tudo o que perdi na capital.
Desço a rua e tenho a drogaria tradicional, cafés, restaurantes, uma farmácia, o meu banco, a loja dos jornais e perto ainda uma loja de frutas apetecíveis, onde vendem a minha água favorita: Monchique. Tudo ao pé. Espero que a vida me proporcione uma velhice sem mais constrangimentos e possa continuar a escrever e a respirar em paz.
Comprei o passe.
O velho largo está a quinze minutos. O mar também não está longe.
E há uma vida cultural intensa à minha espera...
Luís Filipe Maçarico
1 comentário:
E vai tudo correr bem.
Um abraço e uma boa semana
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