Um empreiteiro de uma obra, alheia-se das consequências da derrocada do andaime, que tomba sobre uma tubagem do serviço de electricidade e de fios de empresas, que fazem os seus subscritores aceder à televisão por cabo.
Questionado, opina que agora já não se usam fios em lado nenhum. Lisboa inteira desmente-o. As tubagens e respectivos cabos proliferam, até em edifícios públicos.
Na perspectiva humorística do funcionário da Meo, que tentou devolver-me a Internet, a bombar com eficácia, coisa que não sucede há tempos, o tal empreiteiro deve acreditar na "electricidade em pó"...
De facto, a pesporrência dos bimbos, armados em sábios e a arrogância inerente, transformam o quotidiano numa espécie de concurso de obstáculos. E então quando estão a soldo de estrangeiros, esquecem-se que viveram com candeeiros a petróleo e fazem peito, para darem a entender que são destemidos e que só têm uma verdade: A sua arcaica convicção.
Infelizmente (ou não) tenho vários troféus. Um dos mais recentes, conquistado num autocarro - vaivém, com uma mestiça petulante, que entrou intempestivamente, antes de dois velhos com muletas e se sentou no banco reservado para grávidas e aleijados. Admoestada pela minha incorrigível reacção, face à injustiça, ainda teve a lata de me responder "Você é milhor tá calado sinão..." "Se não o quê? A verdade custa ouvir, não é?"
Lisboa é um zoo, onde interagimos com as mais diversas feras humanas....
Luís Filipe Maçarico (foto e texto)
1 comentário:
Lamentável. A incompetência e a falta de educação são gritantes. O ano passado o marido entrou no autocarro e sentou-se no único lugar vazio, a meio do banco traseiro Uma paragem à frente, as pessoas da esquerda e da direita saíram. Entraram 3 jovens tendo-se sentado um de cada lado do marido e o outro ficou de pé. Conversa entre eles.
"Tu vais de pé que até te f****"
"Pois, por causa destes velhos, que já devem anos à cova, é que um gajo anda nesta merda"
Um abraço
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