Hoje aconteceu-me mais uma situação daquelas, que me fazem sentir que estou "protegido", ou que pelo menos tenho reflexos rápidos...
Ia no autocarro 714, por volta das 14h, na Rua das Janelas Verdes, quando tive a impressão que alguém me estava a mexer no bolso direito, onde guardava o telemóvel. Apalpo e confirmo que o telemóvel "voara". Filei um velho baixo, todo vestido de preto, com manchas na face, originárias de uma despigmentação ou queimadura, saindo tranquilamente e agi rapidamente, pedindo alguns metros depois ao condutor, que me deixasse sair, pois fora roubado...
Dei uma corrida entre a Cruz Vermelha e a paragem, onde o camafeu fingia telefonar "para mim" segundo justificou, ao aperceber-se que estava encurralado, pois a ideia seria desaparecer no próximo autocarro, não tendo eu mais possibilidade de recuperar esta forma de contactar com os amigos e com o mundo, além da Internet. O telemóvel tocara nesse preciso momento e uma amiga gravou uma mensagem desafiando-me para uma ida a sua casa no fim de ano...
A Carris, ao reduzir o número de autocarros, que circulam entre a Outourela e a Praça da Figueira (e vice-versa), que continuam pejados de turistas, põe Lisboa ao nível do terceiro mundo, pois proporciona desconforto e marginalidade nas suas carreiras.
Não deve ser por acaso, que Barry Hatton, que vive no nosso país desde 1986, e é correspondente, desde 1997, da Associated Press, em "Os Portugueses", pág. 304, escreve que "jovens viajantes sofisticados, (...) denominaram Portugal "Marrocos da Europa"...
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografia)
1 comentário:
Menos mal que conseguiu recuperá-lo.
Um abraço.
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