Conheço Paulo Ribeiro há alguns anos. A Poesia e a Música, a Fraternidade e a Solidariedade são palavras que nos aproximaram.
Lemos e escutámos, o que um e outro fomos criando e respirado, ao longo do tempo.
O Paulo canta em português. E espelha preocupações comuns, com o quotidiano: a Terra, a Pertença, o Trabalho, o Amor, a Sensibilidade, a Amizade, a Alegria, o Sonho, o Futuro. Coisas que nos ligam a um sítio, a um coração, a um olhar, à vontade de celebrar a Vida.
As suas canções têm alicerces fortes. Palavras bem escolhidas. Certeiras. Ternurentas.
Em 1993 com o grupo Anonimato gravou um álbum com o nome da banda. Seguiu-se "O Dia Mais Longo do Ano" em 1994.
Quando em 2002 gravou a solo "Aqui tão perto do sol", já fora distinguido com o Prémio Jovens Autores.
Em 2010 integrou, com João Gil, o projecto "Baile Popular". Quem não se lembra da sua magnífica interpretação de "Rosa Albardeira"?
Em 2012 consolidou uma carreira que o distingue, com o álbum "No Silêncio das Casas". Oiçam-no, desta feita com Viviane, cantando um poema de Alexandre O´Neill:
Sábado 26 de Julho reencontrei-o em Serpa, nas Noites da Nora, com o Grupo "Anonimato". Foi excelente, o concerto deste jovem nascido em Beja, que desde cedo se encantou pela música e particularmente pelo cante.
Paulo Ribeiro tem dado a cara por vários projectos, cantando com os mais diversos músicos, o mais recente chama-se"Tais Quais", e integra Vitorino, Jorge Palma, Celina da Piedade e Tim.
O espectáculo dos "Anonimato", em Serpa, com os seus companheiros de banda, ainda está vivo na memória, pois ao contrário dos
Davides Fonsecas, das Áureas, das Ritas Red Shoes, e outros que só
gorgeiam em inglês, Paulo cantou integralmente em português, poemas que
reflectem a profundidade de quem está aqui para agir,
intervir e não virar as costas aos problemas.
É uma forma de estar
pessoal e artística, que saúdo pela qualidade da voz, da interpretação,
da envolvência. O público encheu o recinto e correspondeu.
Parabéns a
Serpa, pela iniciativa, ao Paulo e ao seu grupo "Anonimato", por darem tão
bons sinais de vida, numa época em que a identidade alentejana e a cultura com qualidade, são a marca dos que privilegiam a resistência ao vazio reinante.
Para escutarem Paulo Ribeiro - e os "Anonimato" (os que o/s desconhecem) ou para aprofundarem esse conhecimento (
os que já o viram/ouviram), abram a pgina do Paulo, cujo link aqui
deixo:
Luís Filipe Maçarico (pesquisa, texto e fotografias)
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