O desenrolar dos dias, a pressão quotidiana, sobre quem vive num país, onde roubar sonhos é uma prática habitual, por parte dos que mandam (a todos os níveis), espezinhando projectos legítimos, contribuem para o mal estar instalado, a ansiedade recorrente, a doença que alastra.
Medos e existências sem rumo, não são futuro!
Bombardeados diariamente, com medidas lesivas para os seus anseios, os povos do sul da Europa desunida, reagem. Uma das formas, é execrar a Alemanha, causadora de duas guerras, que de novo emerge, impondo os seus ditames.
Numa escala infra humana há, porém, quem não perceba o que custou a conquista de certos direitos, que têm vindo a ser amputados, postos em causa, espezinhados...
Há quem diga, que agora se vive muito bem, muito melhor, recorrendo sempre às dificuldades que passou, noutros tempos de má memória colectiva, como se voltar a essa época, pudesse ser possível, como se ser pobre e humilhado, fosse normal, como se desejar alcançar e conservar um bem estar essencial, fosse um luxo, um capricho, um excesso, uma ofensa a algum deus.
Falo de salários, de pensões de reforma que garantam a dignidade, mas também da saúde, da educação, da justiça, acessíveis a todos, e sobretudo da liberdade, da qualidade de vida....
Que importa poder falar sem amarras, se não se tem pão?
Que importa poder falar sem amarras, se não se tem pão?
Os políticos da Deseuropa, de Merkel a Coelho, espelham este recuo civilizacional, que habita milhares de cérebros amorfos, retrógrados, que vagueiam ao nosso lado, mortos-vivos, desconhecendo e sendo adversos ao lazer, à cultura, à viagem, ao prazer, reduzindo a sua passagem por este planeta, aos actos de comer, trabalhar e dormir, rosnando!...
Mas viver não é isto!
E enquanto não aumentar o número dos que acordam, reflectem e ambicionam ser gente, à escala humana, isto só pode piorar!
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografia)
4 comentários:
O problema de sempre,a má memória colectiva. Os alemães estão novamente em guerra connosco, agora de forma mais subtil, que confunde os tais de memória curta e da grande ignorância desta classe política.Os alemães esqueceram que depois da guerra lhes foi perdoada parte da dívida e que países que hoje são castigados, foram os que lhe deram a mão. Os pvos do sul deveriam unir-se, procurar novos mercados e calmamente sair do euro. Euro esse grande embuste! Tanta gente a sofrer sem trabalho, sem meios, sem nada!Não é justo!
Na verdade
não basta ter razão
Sair do euro, sim. Sempre tivemos braços e vontade para trabalhar, sabemos construir mundos, não temos que suportar tiranos que nos vão esmagando a vida.
Sair do euro, sim. Sempre tivemos braços e vontade para trabalhar, sabemos construir mundos, não temos que suportar tiranos que nos vão esmagando a vida.
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