Pudera! Com a emigração de muitos milhares de portugueses, com a impossibilidade de outros tantos estudarem ou trabalharem, devido ao aumento das propinas e do desemprego, inevitavelmente os números terão de reflectir o duro contexto em que vivemos.
Todavia, acresce a isso tudo o desconforto sentido em algumas linhas, como é o caso dos surrealistas Intercidades, que circulam entre Casa Branca e Beja, ou entre Lisboa e a Covilhã.
A inexistência de bar, a ausência do conforto apresentado ao longo dos anos, com carruagens e assentos cómodos, a higiene, tudo isso desapareceu.
Uma viagem, como aquela da linha da Beira Baixa, que em grande parte do percurso se desenrola, rente ao Tejo, mereceria vidros asseados.
Não é porém hábito da CP que cobra preços mais elevados pelo transporte de passageiros em carroças dos anos 70, nos trajectos referidos, cuidar da fidelização dos passageiros.
Chegamos ao destino, com as costas doridas, os olhos magoados da paisagem emporcalhada, através de janelas sujas.
E não há instituição que nos proteja, pois as reclamações deparam sempre com respostas que não correspondem a uma actuação reparadora.
Luís Filipe Maçarico
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