"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

segunda-feira, fevereiro 01, 2016

Um Poema Imortal de Eduardo Olímpio




SE FORES AO ALENTEJO...


Se fores ao Alentejo
Não leves vinho nem pão :
Leva o coração aberto,
E ao lado do coração
Leva a rosa da justiça
E o teu filho pela mão.

Se fores ao Alentejo
Não leves vinho nem pão :
Leva o teu braço liberto
Para abraçar teu irmão;
Esse irmão que está tão perto
Do teu aperto de mão
E que tão longe amanhece
Nos campos da solidão.

Se fores ao Alentejo
Não leves vinho nem pão :
Leva a alegria de seres
Irmão de quem vai parir
Uma seara de trigo,
Uma charneca a florir,
Um rebanho e um abrigo
E um amanhã que há-de vir
Como se fosse outro amigo
Dentro do sol, a sorrir.

Se fores ao Alentejo
Não leves vinho nem pão :
Leva o coração aberto
E o teu filho pela mão.

Poema (Eduardo Olímpio) Foto (LFM- entre Alandroal e Terena)
Eduardo Olímpio é natural de Alvalade do Sado, vila do concelho de Santiago do Cacém, onde nasceu a 24 de Janeiro de 1933, tendo completado recentemente 83 anos.

3 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Que poema maravilhoso.
Obrigada pela partilha. Um abraço

Silenciosamente ouvindo... disse...

Cá estou amigo no seu blogue como prometi

hoje à tarde no Barreiro, na apresentação

do livro da Elvira Carvalho.

Gosto muito de poesia, se o amigo o permitir

posso colocar um poema seu no meu blogue, com

os devidos créditos.

Abraço amigo.

Irene Alves

oasis dossonhos disse...

Irene Alves

Grato pela sua visita e claro que sim: LUZ VERDE para colocar no seu blogue a Poesia de minha autoria, que entenda partilhar.
BEM HAJA!
Abraço fraterno.
Luís Filipe Maçarico