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AVÓ TI MARIA PIRES
Elas continuam vestidas de preto,
Como no poema de Eugénio.
As velhas da Beira Baixa
São girassóis nocturnos que se acendem
no sol da tarde.
Vultos gregos, oráculos, envoltos
numa caligrafia de nuvens...
Ti Pires tem uma memória prodigiosa,
cita nomes e lugares, momentos,
numa mistura de factos
que evaporam o tempo...
Elas continuam mergulhadas
em tecidos azeviche
Furtivos corvos na paisagem...
São ainda as musas de fotógrafos e escritores
As suas vozes ecoam
no vento da Gardunha.
São clarões de resistência, entre fraguedos.
Majestosas Deusas do silêncio.
Luís Filipe Maçarico 30-9-14
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