"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Páginas de Vida





Aos domingos, sobretudo nestes, de Inverno, mais frios, a rua onde eu moro fica mais silenciosa, ou se preferem, menos barulhenta. É então possível escutar e ver uma dúzia de papagaios, provavelmente fugidos de gaiolas, a pular de galho em galho, debicando tronquinhos secos e fazendo um alarido próprio dessas aves, no pleno gozo da sua liberdade.
Passei um fim de semana calmo como há muito não me acontecia, consegui escrever um artigo de 40 páginas para uma revista, que depois de revisto e corrigido, seguirá para o seu director, com as respectivas imagens e uma bibliografia bem extensa.
Estou lentamente a recuperar as minhas energias perdidas há cerca de dois meses na voragem de um quotidiano onde tem havido exigência e sombra, e a dádiva da recuperação veio do carinho repartido entre casas de amigos em Silves e Moreanes. E do contacto regular com a Ana, a Cristina Martins, a São Baleizão, a Maria Amélia, a Sónia Tomé, a professora Isabel Aldinhas, que me querem vivo.
A menina Maria que me lavava a roupa avisou-me que não tem dinheiro para comprar uma máquina nova, vou ter de procurar uma lavandaria.
Problemas como este em Dezembro atrofiavam-me, agora pacientemente procuro resolvê-los.
Há no entanto uma companhia nova que me traz grandes momentos, para lá dos papagaios e dos amigos. Chama-se "Páginas de Vida" e tem sido uma agradável surpresa, embora saiba, pela consulta que fiz no site da rede Globo, que descambará para contornos sobrenaturais, que, como dizia o outro "não havia necessidade"
Tenho trabalhado todas as noites de costas viradas para o televisor, digitalizando o tal artigo, pensando que ainda consigo ser disciplinado, quando gosto do que faço, ou pelo menos não há pressões absurdas, injustiças gritantes ou exclusões inqualificáveis a turvar o caminho.
Viva então esse fantástico desempenho de Regina Duarte e de Lília Cabral.
fotos recolhidas na net

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