sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Filigrana


Quero dizer-te
que nas árvores
dos pomares
cresceu
uma frágil
filigrana,
efémera
como as palavras
que não dizes...

Luís Filipe Maçarico (fotografia e poema)

4 comentários:

  1. E como sempre as suas palavras, se enlaçam na poesia, de tal forma que shegamos à conclusão que são elas a própria essencia da poesia.
    Gostei.
    Um abraço e bom carnaval, (sem censura)

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  2. Ainda te lembras, meu amigo,
    daqueles dias em que o tempo era infinito
    e as memórias eram feitas de um presente
    que, decididos, construiamos todos os dias,
    num agora demorado, indefinido e sempre,
    com desejos, certezas e alegrias?
    Hoje o instante demora-se em urgências
    e as memórias são feitas de um distante
    perdido num tempo longínquo do passado.
    As incertezas, os castigos e as ausências,
    as dúvidas, os cansaços e as desistências,
    num tempo que corre acelerado, limitado,
    mostram os dias a diluirem-se no calendário
    das despedidas, em acenos de desencontros.
    Naqueles dias eu era sempre o primeiro.
    Agora, cansado, eu sou o retardatário
    que continua a lançar sementes ao vento
    para germinem em flores e em sentimento
    num futuro de amizades e de esperanças.
    E porque de sorrisos alimento a verdade,
    plantei alegria no peito das minhas crianças
    para que lhe possam dar continuidade.
    Ainda te lembras, meu amigo,
    desse tempo de certezas geradas a sonhar?
    Agora os dias apressados, já não correm devagar.
    JFR

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  3. imortais as palavras!...
    as tuas!
    de dizerem o amor, são luz nos dias.

    jingã
    belmi

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  4. Cláudia para mim
    mostrar detalhes 02:08 (19 horas atrás)

    Cláudia enviou-lhe uma hiperligação para um blogue:

    "Só a tua sensibilidade. Comovente..."

    Blogue: aguas do sul
    Mensagem: Filigrana
    Hiperligação: http://aguasdosul.blogspot.com/2009/02/filigrana.html

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