Um São João da bisavó da minha avó, que é o santo de Alenquer. Dois Santos Antónios. E tudo isto porque ainda há gente com escala humana, que nos faz feliz.
BOAS FESTAS PARA TODOS OS AMIGOS!
LFM (texto e fotografias)
"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"
Um São João da bisavó da minha avó, que é o santo de Alenquer. Dois Santos Antónios. E tudo isto porque ainda há gente com escala humana, que nos faz feliz.
BOAS FESTAS PARA TODOS OS AMIGOS!
LFM (texto e fotografias)
Durante muitos anos, as tampinhas das garrafas de plástico juntavam-se por todo o lado e ao que julgo saber serviam para - em grande número e peso- contribuírem para se arranjar cadeiras de rodas para deficientes necessitados desse apoio.
Em Almada já morreu esta preocupação. Nenhum local onde depositar. Nenhuma preocupação de juntar. Nem aquelas associações que nasceram depois do vai ficar tudo bem e colocam sorrisos no nome se interessam por semelhante preocupação. E se junto dessa gente nos preocupamos em saber se ainda existe um oásis de bem fazer, somos encarados como acabados de chegar de outro planeta.
Mundo falso, repleto de gentalha hipócrita, cataventos que mudam consoante modas.
LFM
Um dia, saturado de escutar o descaramento dos tudólogos que opinavam acerca do Covid diariamente, fiz zap e fui ter à Sic Mulher e a uma série inesquecível acerca da vida de Simon Bolívar, com uma reconstituição histórica a nível de figurinos e cenários magníficos.
Fui ficando naquele canal e pela primeira vez assisti à telenovela turca "Mother" (Mãe). Com Cansu Dere, jovem actriz nascida em território turco mas com aspecto físico de actriz do Norte da Europa. Chegou a ser Miss Turquia. Pesquisei e acabei por saber que os pais são de origem grega e búlgara.
Seguiram-se uma série de novelas marcantes como Gulperi, Melek a Struggle Mother, For My Family, Sabor a Paixão e Amor Viciado, entre outras, onde também incluo Kasaba Doktoru.
Os actores ultrapassam em representação os brasileiros e os portugueses, cujos argumentos já não consigo aceitar, pela banalidade que as telenovelas nacionais e brasileiras apresentam.
Talvez um dos inconvenientes seja serem dobradas em espanhol. Nas fichas técnicas, os turcos destacam-se por terem estudado nos conservatórios e escolas de representação, sendo grande parte deles modelos. Enquanto defeito é recorrente aparecerem hospitais, prisões, roubos, facadas, etc.
A tradição está presente com grande ênfase, sendo geralmente bons mostruários etnográficos. Em Melek, desde o rio Eufrates a Antep e o seu castelo milenar que ruiu durante o mais recente sismo, há um encanto adicional aos gestos e canções.
My Name is Melek (TV Series 2019-2021) — The Movie Database (TMDB) (themoviedb.org)
A banda sonora destas telenovelas é uma marca forte desta produção em grande escala, sendo inúmeros os países que assistem a estas histórias. As interpretações e os enredos já estão a invadir a Sic Caras e até alguns canais da Fox.
Acredito que não há acasos.
LFM (link copiado da Net acerca da telenovela Melek)
Em Almada existe uma empresa que tem uma estranha designação- Morte em Beirute (em inglês).
Nos tempos que decorrem, aquele nome tornou-se perturbante, pela guerra iminente, conduzida por Israel contra um grupo armado contra os sionistas (Hezzbolah) que já ceifou centenas de pessoas, depois de um historial que inclui guerra civil prolongada e uma explosão altamente destrutiva da capital do Líbano.
Este país do Médio Oriente tem uma constituição singular: O Presidente da República representa a comunidade cristã, que já foi maioritária, o primeiro ministro deve ser designado na comunidade sunita e também islâmico mas sunita deve ser o presidente da Assembleia.
Existem várias religiões naquele país, que chegou a ser considerada a Paris do Médio Oriente, país dos cedros. Onde vive Fairouz, a cantora que Macron condecorou na última vez que visitou Beirute.
E como isto anda tudo ligado, aquela cantora um dia afirmou que só iria sorrir quando a Palestina fosse livre.
Luís Filipe Maçarico
Nelson Évora é um atleta com educação e espírito desportivo irrepreensíveis. Que fez o seu trajecto sem imputar - que me lembre- aos colegas, as vicissitudes que foi desbravando e ultrapassando com a sua persistência.
O cubano faminto de protagonismo que por cá se acoitou, para ganhar medalhas no salto em que é perito, tem-se pautado pela oposição ao colega e recentemente ouvi nas notícias e debates radiofónicos que possui mau feitio, ao ponto de elementos da sua equipa desejaram "que vença o melhor" em vez de desejarem que ele ganhasse a medalha de ouro. O que não me parece ter acontecido por mero acaso...
Casualmente assisti a uma entrevista televisiva em que após sagrar-se vice-campeão, nunca sorriu e despejou queixas acerca de só ter conseguido a prata por falta de apoios, por maus ambientes, etc. ameaçando acabar com a carreira.
Em Portugal já temos gente desta aos milhares por quilómetro quadrado para quem a culpa é sempre de outros, do vento, da chuva, do sol, das gaivotas ou dos pombos que cagam sem avisar. A arrogância parece ser a medida de todas as coisas para estes pseudo seres humanos, que anseiam estar sempre no topo, não tendo a humildade suficiente para aceitarem que erram, que falham, que nem sempre podem triunfar sobre toda a concorrência.
Por mim, a criatura poderia pedir a Espanha que lhe abrisse as comportas para descarregar o seu fel.
Viva Nelson Évora!
LFM
Que se desconhece o número de tuk tuks.
Que Lisboa corre o risco (como noutras capitais europeias) de os turistas irem ver turistas.
E depois de tanta conversa fiada, no passado dia 7 deparei-me com os Restauradores pejados de autocarros de turistas.
Será que esta gente que vem usufruir de uma gastronomia mais barata (cada vez mais a perder genuinidade e virada para o gosto de quem vem de fora) se consola com a selfie que tem um símbolo da cidade por detrás da sua cabeça para provar que esteve cá, sem saber "ler e escrever" no que diz respeito à nossa História?
E eu que conheço muita Europa, tendo sido viajante (e sendo antropólogo) espanto-me com a permanência do caos. Com a ausência de uma regulamentação.
Recordo-me de ter ido a Florença e Siena nos anos 80 e haver às portas das cidades parques para estacionar os autocarros estrangeiros.
Porque falamos tanto e fazemos tão pouco nesta área? Havendo um país tão bonito para descobrir e distribuir as multidões de visitantes que se concentram nas cidades principais, porque não os encaminhar para outras regiões tão belas e marcantes, a todos os níveis?
LFM
Com o tempo aprendi que há abutres à espreita, incapazes de criarem, pois são desprovidos de inteligência, roubando poemas dos outros (neste caso, meus), como foi o caso de uma presidente de Junta de Freguesia, que numa publicação que assinei em co-autoria se intrometeu com uma frase surripiada daqui, afirmando numa "entrevista" que lhe fizeram "como eu costumo dizer..." (e toca a citar a frase poética sem citar o autor).
Até uma fotografia que fiz há muitos anos com uma máquina rudimentar, onde está Eugénio de Andrade, o meu amigo Lourenço e uma senhora de Póvoa de Atalaia, está sendo reproduzida sem mencionarem a autoria.
Todavia o mal não é exclusivo daqui. Há anos descobri um poema meu em francês dedicado a Aboulkacem Chebbi, o poeta nacional tunisino, retirado do meu livro "Les Bergers du Soleil" (Os Pastores do Sol), por uma mulher (árabe?) tendo tido o trabalho de me "infiltrar" no fórum onde o crime se consumava para comentar que o poema tinha sido feito e entregue na Biblioteca Nacional em Tunis em 1996!!!
Alguns anos depois dos blogues surgiu o Facebook, onde tenho publicado muita informação acerca das minhas andanças poéticas. Livros editados, viagens, partilhas criativas.
Volto aqui de vez em quando. Hoje para celebrar duas décadas de existência. o balanço é positivo, porém há um cuidado redobrado com o que se divulga por causa dos predadores.
Agradeço a fidelidade dos leitores.
Luís Filipe Maçarico