"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

quarta-feira, janeiro 24, 2024

Menos Um é Mais


Grande frase da minha amiga Melisa, antes do dia acabar:

"Às vezes, menos um, é mais"!

De facto, para quê lamentar quem se coloca - sem motivos - contra nós?

LFM 

A RAIVA SECTÁRIA E FANÁTICA

 


Resido há sete anos em Almada e noto actualmente que os passeios  estão muito mais sujos.

Os dejectos caninos aumentaram, os donos dos animais de estimação deixaram de cumprir a obrigação comunitária de limpar o chão, após o seu cão defecar.

Dizer que a Câmara deveria actuar é criar inimigos. Há pessoas que quando ouvem a nossa crítica, se pudessem fuzilavam-nos com os olhos em fúria e respondem de forma agreste que o Município nada tem a ver com a sujidade, pois segundo elas, isso deve-se apenas às prácticas de gente sem escrúpulos, sem sentido cívico.

Como fui técnico auxiliar sanitário em Lisboa num tempo em que se investiu na sensibilização sanitária, considero que estas respostas demonstram raiva sectária e fanática, para não chamar ignorância, porque é possível -sempre- fazer melhor pelo bem estar dos outros!

 Portugal dificilmente avança e enriquece com tanta mesquinhez, que repudio veementemente, pois nunca me verão acorrentado a ditames onde jamais me enquadrarei seja qual for o movimento ou o/a mandante dessas linhas de (des)orientação.

LFM (texto e foto)


segunda-feira, janeiro 15, 2024

Costume Ampliado

 


Não tenho particular gosto por insistir em assuntos já mencionados, mas a verdade é que carros em cima do passeio é um costume que vai aumentando em Almada, a par dos dejectos caninos.

Não percebo o que as escolas de condução ensinam e não consigo processar a razão porque se deixam os passeios repletos de cócó de cão.

É evidente que estamos perante um retrocesso civilizacional.

Será que era assim no tempo dos calhambeques?

LFM

sexta-feira, dezembro 08, 2023

O Natal agora quase começa em Outubro


 Este ano, para meu espanto, uma série de lojas e até de ruas começaram a indiciar que íamos entrar na época natalícia. Essencialmente de ilusão e consumo e talvez de disfarçar o incómodo das guerras e do "vai ficar tudo bem" ter ficado de pernas para o ar. Os valores contrários ao bom senso, ao equilíbrio, à harmonia, estão em marcha, mascarados por esta ideia de um Natal que mais dia menos dia começa ainda mais cedo.

Nunca gostei da parte hipócrita que esta épocaa encobre. Se a fraternidaade fosse o lema em que cheguei a acreditar, outro seria o Mundo e não este onde António Guterres por ter compaixão, por ser cristão e defender a paz em Gaza é considerado pelos extremistas que julgam ser donos da verdade em Israel um inimigo da paz. 

E os americanos, através daquela múmia que se arrasta, no intuito de mandar no mundo, vender armas e decidir a carne para canhão que é lançada nos conflitos que de um momento para o outro (lembrem-se do Afeganistão e daquela imagem dos fiéis servidores dos imperialistas agarrados ao último avião) deixam de interessar. Mas eu devia estar a falar do Natal e do exagero dos festejos começarem cada vez mais cedo, não era?

LFM (texto e fotografia)

quinta-feira, novembro 02, 2023

TEU NOME, PALESTINA

 


TEU NOME, PALESTINA

Teu nome, Palestina
Corre o Mundo nos
Lábios solidários e
Nas mãos que anseiam
Cidades de crianças
Sem medo.

Teu nome, Palestina
Resiste entre escombros
E rios de sangue
Na custosa esperança
De vencer o tempo
Das flores esmagadas.

Teu nome, Palestina
Também faz parte de mim:
Não é possível sorrir
Se choras; não consigo
Cantar se morres.

Teu nome, Palestina
Lembra a luta dos que buscam
Na liberdade o afago da paz
o voo da sabedoria
o elixir da vida contra
os tanques e os canhões
dos opressores.

Teu nome, Palestina
É a lágrima e o grito
De um povo sufocado
Pelo roubo do futuro
Sempre adiado.

Teu nome, Palestina
É uma rosa de cinzas
Sonho teimoso
No coração dos que não
Se rendem dos que não
Se vendem dos que não
Desistem!

Luís Filipe Maçarico

Fotografia recolhida na Net (jovem pastor de camelos de Jenin - Cisjordânia)

Comentário do Professor Dr. Santiago Macias, em 1 de Janeiro de 2009, no seu blogue Avenida da Salúquia 34 :
O poema, de Luís Filipe Maçarico, data de Março de 2002. Podia ter sido escrito ontem. Poderá vir a ser escrito de hoje a um ano...
Luís Filipe Maçarico refere a rosa de cinzas. Estranha ironia a da faixa de Gaza, outrora célebre pela produção das mais belas rosas do Médio Oriente.

Comentadeiros e Realidades

 


Pergunto-me como há gente com pachorra para escutar comentadeiros televisivos que asseguram constantemente nas suas intervenções que o invasor está a perder a guerra e não tem como ripostar perante a resistência do invadido.

Pobres povos que sofrem agruras impensáveis e na boca dessas criaturas vencem todas as armadilhas embora cada dia que passa a realidade altera-se e degrada-se.

Na página 21 do "Público" de hoje, quinta-feira 2 de Novembro leio: "Rússia ataca 118 localidades na Ucrânia num único dia" "O maior número de cidades e vilas desde o início da guerra")

O que dirá o senhor Milhazes perante esta triste verdade?

LFM

A Repórter, o Herói e o Segredo.

                        


No início da Guerra que a Rússia infligiu à Ucrânia, Judite de Sousa, em serviço de reportagem para a CNN, no subterrâneo de um hotel de Lviv, contou que as ruas dessa cidade perto da fronteira com a Polónia estavam cheias da imagem do "herói ucraniano" Stepan Bandera. Fui à Internet tentar perceber quem era o "herói" e fiquei com a ideia que a senhora possa ter sido dispensada por ter falado deste assunto que porventura era segredo. De facto nunca nenhum comentadeiro de entre o carroussel de militares de serviço às diversas estações televisivas mencionou esse nome. Podem verificar na wikipédia e tirar as vossas conclusões.

LFM