"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

domingo, fevereiro 13, 2022

AMORES DO LESTE NA CULTURGEST




 
A Nova Companhia de Teatro-Performance, Hotel Europa, apresenta seis desempenhos de actores que testemunham realidades vividas, quando alguns deles estudaram - O português Jorge Cabral - e trabalharam em países do Leste, durante a União Soviética (o caso de um actor moçambicano e de uma actriz cabo verdiana) ou nasceram e cresceram na RDA e Checoslováquia...

Interpretações excelentes, condução de actores de grande qualidade criativa por parte de André Amálio, também intérprete com Teresa Havlichova, resultam num espectáculo que mostra sem disfarces as contradições do Ser Humano perante o enfrentamento de situações limite como foi a implosão do sistema comunista em diversos países e as reacções de cada um perante as dificuldades surgidas.

Neste sábado foi a última representação em Lisboa, depois da estreia em Liepzig. Segue-se Coimbra Metz e Paris. Jorge Cabral está em grande forma, a par dos companheiros de aventura Andreia Galvão, Mbalango, André Amálio e Teresa Havlichova, capazes de  emocionar um público, que continua a assistir a transformações e conflitos, cujo desenlace se desconhece. Parabéns a toda a equipa por este trabalho.

Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)

sábado, fevereiro 12, 2022

DUAS ACTIVIDADES ASSOCIATIVAS NUM SÓ DIA


 
Esta sexta feira 11 de Fevereiro, realizaram-se a Assembleia Geral da Aldraba (na Casa do Alentejo) para apresentar e discutir os documentos referentes à actividade desenvolvida pela Aldraba em 2021 e o Plano e Orçamento para este ano. Participaram 21 associados e o Relatório e o Plano foram aprovados por unanimidade.

Finda a sessão, alguns membros da direcção da Aldraba seguiram para a Rua do Possolo, tomando posse (com outros associados do Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes") nos três Orgãos Sociais daquela colectividade centenária de Lisboa.

Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)

quarta-feira, fevereiro 09, 2022

EM SETÚBAL NA LIVRARIA UNI VERSO


 Há algumas décadas participei num suplemento literário dirigido pelo João Carlos Raposo Nunes, director da maravilhosa Livraria UNI VERSO, que hoje reencontrei na rua do concelho em Setúbal.

Trouxe de lá alguns exemplares do meu primeiro livro "Da Água e do Vento" e "Nausicaa" de António Salvado, das edições Átrio.

Foi um grande momento de sensibilidade, rodeados de livros e fotografias (de Agostinho da Silva, Eunice Muñoz, Teixeira de Pascoaes e do incontornável Pacheco, autor de "Comunidade". A fotografia onde este momento foi guardado devo-a ao Fernando Duarte.

O almoço foi no Bombordo. Rodízio de Peixe, como só em Setúbal encontramos, com simpatia, preço acessível e sabores de excelência.

A vida, mesmo em tempos de dificuldades, tem o azul deste céu e estes encontros felizes.

Luís Filipe Maçarioc

quarta-feira, janeiro 19, 2022

EUGÉNIO DE ANDRADE 99ANOS

 



Se fosse vivo, Eugénio de Andrade faria hoje 99 Anos.

Recordo um poema que me enviou, antes de ser publicado, numa folhinha verde, e celebro o encontro do Poeta, na sua Beira Baixa, felicitando a Câmara Municipal do Fundão (particularmente nas pessoas do seu presidente, Dr. Paulo Fernandes, da Vereadora Dra. Alcina Cerdeira e do director do Museu local, Dr. Pedro Salvado, por terem contribuído para a divulgação da sua Arte Poética, através de várias iniciativas ao longo dos últimos anos). Caso raro num país em que os Artistas morrem várias vezes depois do seu passamento, pelo apagamento das memórias das suas vidas e obras.

VIVA EUGÉNIO DE ANDRADE!

Luís Filipe Maçarico

sexta-feira, dezembro 10, 2021

HERBICIDAS E PESTICIDAS NAS NOSSAS RUAS


 Não sou defensor do passado. Mas em relação a práticas actuais, não posso deixar de manifestar o meu repúdio. Explico o que pretendo partilhar.

Dantes, as ervas daninhas que cresciam nos passeios das cidades eram combatidas com sal. Agora os municípios usam herbicidas e pesticidas (que renomearam de produtos fito farmacêuticos).

Acontece que os animais que se purgam naturalmente com as ervas que encontram no seu caminho, são envenenados.

Foi assim que perdi o "Migão" (para a dona que o acolhia numa casinha no átrio da sua casa "Miau") que era o meu talismã para cada dia me correr melhor, através da sua fala e dos seus beijos na minha mão, recebendo em troca festinhas que o regalavam.

Perdi um amigo por causa da estupidez do mundo dito desenvolvido que acabou com a biodiversidade através do agro negócio que abunda no Alentejo e se expande até estas ruas onde habitamos e os animais indefesos são atacados de uma forma absurda.

LFM

sábado, dezembro 04, 2021

A ALDRABA NO LARANJEIRO


 




Realizou-se na tarde deste sábado 4 de Dezembro, na Junta de Freguesia do Laranjeiro, a apresentação dos números 27 a 29 da revista da "Aldraba", Associação do Espaço e Património Popular, editadas durante a pandemia e os diversos confinamentos, a cargo do autarca e associativista Luís Palma.
Participaram nesta sessão associativistas das duas margens, designadamente Andreia Abrantes do Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes", Nazaré Avó das Cantadeiras de Essência Alentejana, Manuel Verdugo da Casa do Alentejo, e diversos elementos, ligados à associação Farol, associação de reformados, associação de Murtosa e Estarreja. Foram inúmeras as intervenções dos cerca de vinte participantes nesta tarde muito enriquecedora e de reflexão pertinente.

Luís Filipe Maçarico (Texto e Fotografias)

quarta-feira, dezembro 01, 2021

NA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA APRESENTANDO SALVADO MOTA E A MONOGRAFIA DE ALPEDRINHA





 No derradeiro dia de Novembro de 2021, participei num colóquio sobre Etnógrafos na Sociedade de Geografia de Lisboa. Evoquei alguns Etnógrafos da Beira Baixa, como José Alves Monteiro e Jaime Lopes Dias (Etnografia da Beira) e o Jovem, felizmente vivo e criativo Eddy Nelson Chambino (Pastores, Guardiões de uma Paisagem).



Após contextualizar Alpedrinha em termos históricos e geográficos, falei de António Salvado Mota e da sua Monografia de Alpedrinha, editada em 1933 e reeditada sete décadas depois.

Os restantes intervenientes foram José Fernando Reis Oliveira que evocou Azinhal Abelho, alentejano de Elvas e a Presidente da Secção de Etnografia, Maria Helena Correia Samouco que abordou a vida e obra do etnógrafo algarvio Francisco Ataíde de Oliveira.

LFM (Fotografias e Texto)