"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

quarta-feira, novembro 28, 2007

Um Olhar sobre o Património de Vila Viçosa








Vila Viçosa é detentora de um património fabuloso, pois alia ao património construído, ao património imperceptível, ao material e imaterial, o melhor dos patrimónios: as pessoas, hospitaleiras, laboriosas, fraternas.
A par do edificado antigo, como a Igreja da Lapa e o coreto do Parque, surge a moderna leitura arquitectónica da cidade, no seu perímetro urbano, como é o caso dos "Peixinhos."
Vale a pena percorrer as suas ruas, contactar os seus habitantes, conhecer a história da vila ducal e do concelho, rico em mármore.
Texto e fotos:LFM

segunda-feira, novembro 26, 2007

IV Jornadas do Património em Vila Viçosa






Este fim de semana Vila Viçosa foi uma surpresa extraordinária. As IV Jornadas do Património revelaram comunicações muito interessantes, em torno de um concelho com História, com gente de grande qualidade humana (e científica), como é o caso do amigo Lobo, da Zélia, da Céu, do dr. Licínio Lampreia, do dr. Tiago, do engenheiro António Rosa, de Vítor Mila, do professor Torrinha, do vereador da cultura professor Viegas e do presidente da Câmara Professor Manuel João Fontaínhas Condenado. Todos felizes com o nível do trabalho da bela equipa e dos resultados. Nomeio-os, porque do princípio ao fim do evento, acompanharam aquilo que foi dito e sugerido, assistiram aos espectáculos, participaram nos almoços de grupo, ao contrário de outros autarcas e eruditos, que abundam no país, os quais depois de despejarem sabedoria saiem dos fóruns, pois têm sempre uma agenda carregada e mil compromissos para satisfazer.
Foi bom escutar os contributos que visam enriquecer a proposta de Vila Viçosa a Património da Humanidade. Um dos momentos inesquecíveis foi a actuação da Sociedade Filarmónica de Olivença, fundada em 1851 e animada por uma maioria de jovens, muito aplaudidos.
No domingo, o director da revista "Callípole", dr. Joaquim Saial, apresentou o volume número 15, que corresponde a década e meia de existência de um projecto magnífico. A poesia e um coro bancário, encerraram os trabalhos. A despedida aconteceu durante um envolvente beberete. Voltaremos daqui a um ano.
Texto e fotos : LFM

sexta-feira, novembro 23, 2007

Ricardo Almeida Veio de França para Ver a Nova Versão de "O Que Farei Com Este Livro?"



Ricardo Almeida veio de França, onde vive há dezassete anos, para rever amigos da Companhia de Teatro onde integrou o elenco da Sapateira Prodigiosa de Lorca e da peça sobre Camões, da autoria de Saramago, que estreou ontem em nova versão, com a criatividade e a excelência de Joaquim Benite, servido por quinze actores de nível.
Há vinte e sete anos, Ricardo interpretou o Conde da Vidigueira. Ontem, confraternizou com o jovem Nuno Góis, o conde da versão actual da peça e esteve algum tempo a visitar a exposição de imagens da versão antiga. Surpreendi-o a olhar para o jovem Ricardo de 1980...
A peça manter-se-á em cena até 21 de Dezembro em Almada, depois será exibida em Lisboa, no Teatro Nacional D. Maria II.
OBS: Devo a Ricardo Almeida (e à sua família) o privilégio de ter assistido a um momento tão singular. Bem Hajam!

Texto e fotos de LFM

SARAMAGO EM ALMADA, MAIS ACTUAL QUE NUNCA


Excelente é a palavra adequada para falar da encenação de Joaquim Benite para "O Que Farei Com Este Livro?", de José Saramago, que a Companhia de Teatro de Almada estreou ontem.

Apresentada pela primeira vez em 1980 e concebida por Saramago para este Grupo de referência no Teatro Nacional, a peça é consequência do visionarismo do autor, soando as palavras acutilantes do texto cada vez mais actuais.

Há 27 anos dir-se-ia que, embrenhados no sonho proporcionado pelo 25 de Abril, então muito vivo nos gestos e pensamentos, estaríamos a assistir a uma lição do passado.

Ontem, porém, ao escutar os diálogos, sentimo-nos perante situações plenamente actuais: o desprezo pela cultura (que atravessou séculos), a ignorância instalada nos tronos decisórios (que se eterniza), o poder do preconceito, da cunha, da censura, a inveja e a intriga, que afastam do país alguns valores ou os destroem, se tentam singrar em território nacional e no meio asfixiante das élites da ciência e da literatura.

Grandes interpretações de Paulo Matos em Luís de Camões, José Martins no Padre Bartolomeu Ferreira, Carlos Santos em Damião de Góis, Maria Frade em Ana de Sá, Maria José Paschoal em D. Francisca de Aragão, Teresa Gafeira em D. Catarina de Áustria, Luís Vicente em Diogo do Couto e Alberto Quaresma no Cardeal D. Henrique, acompanhados pelo restante elenco, onde sobressaem Nuno Góis e Catarina Ascensão, nos Condes da Vidigueira, deram alma a esta obra incontornável do nosso prémio Nobel.

É preciso ver esta nova versão da peça e ir mais vezes ao teatro, para desfrutar de grandes espectáculos como este, é preciso passar a palavra que em Almada um trabalho magnífico, resultado de uma apurada sementeira, está a dar frutos luminosos que nos enriquecem espiritualmente e nos dão uma energia suplementar para enfrentarmos um país que tarda em mudar para melhor.

Texto e foto: LFM

domingo, novembro 18, 2007

Este Domingo o Terreiro do Paço Foi das Pessoas














Neste domingo 18 de Novembro, o sol brilhou para que as comemorações do Dia do Não Fumador no Terreiro do Paço alcançassem o êxito que tiveram, em termos da participação dos atletas e do público. Centenas de observadores intervenientes e deliciados apoiaram os praticantes das diversas modalidades, nomeadamente os quase quarenta jovens do Taekwondo, que representavam a colectividade Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes", que atraíram uma pequena multidão.
Estiveram ainda presentes (e merecem um aplauso enorme) o incontornável Maria Pia Sport Clube com basquetebol, demonstrado por miúdos aplicados, com o técnico que coordena a sua formação e o presidente da direcção no local, a prestigiada Associação de Ténis de Mesa de Lisboa, através de um monitor que me revelou terem tido 50 praticantes espontâneos. Houve ainda escalada coordenada pela Azimute, Jogos Tradicionais, experimentados por pequenos e adultos, voleibol, remo (este com a colaboração de um parceiro respeitado como o Clube Naval) e ritmos, animados pelo Clube VII e pela Reebock, que atraíram dezenas de interessados. Também aconteceram um passeio de cicloturismo e uma prova de Atletismo "Grande Prémio Rosa Mota", que trouxeram à Praça uma animação suplementar.
Em 12 anos de desempenho profissional no Departamento de Desporto da Câmara Municipal de Lisboa, entidade organizadora desta manhã desportiva, a iniciativa de hoje foi a minha estreia como co-responsável, na idealização, nos contactos, na implantação e no acompanhamento no terreno.
As imagens falam por si. Por detrás do brilho de cada um desses momentos houve um colossal trabalho de equipa. Estou muito cansado, mas estou feliz pelo resultado conseguido em duas semanas de preparação , que teve boa adesão popular e um bónus de céu azul e luz solar coroando o calor humano.
Texto e fotos: LFM

sábado, novembro 17, 2007

Pintando Com Café



Na última Feira de Artes e Ofícios realizada na minha rua, participei, a convite da Junta de freguesia dos Prazeres, pintando com café.
Montei estaminé na entrada de uma das tendas e com a caneta de tinta permanente, uma caneca com café, um pincel e uma colecção de folhas de cartolina fui desenhando e depois pintava...pintei dezenas, distribuí tudo.
António Brito registou esses momentos em fotografia.

Ela Dizia


As loucas palmeiras de Lisboa, dizia-me ela...