Rua próxima do Clube Desportivo Cova da Moura, não muito distante do Hospital da CUF e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que se situam a escassos metros...
A nutricionista que me acompanha... aconselha-me a andar!
Os meus amigos, dizem-me que... tenho de andar!
Até uma dirigente do serviço onde trabalho... acha que devo andar... mas insiste que tenho de fazer dieta, senão - acrescenta - fico cego e sem pernas...
Todavia, andar por onde?
Os passeios, muitos passeios da cidade estão assim, como as fotografias documentam...
E sempre que me distraio e me entusiasmo a andar, acabo por ir parar às mãos da Doutora Tatiana, a dedicada fisioterapeuta que me acompanha, desde Setembro, por causa dos pés, sucessivamente torcidos e retorcidos, nos empedrados dos passeios de Lisboa, armadilhados por autênticos alçapões, com buracos, declives, planos inclinados e viaturas diversas, estacionadas em cima das portas das casas, afundando ainda mais o solo, para caminharmos, como se estivéssemos numa pista de circo ou num campo de batalha...
Um dia destes pensei: Tenho mesmo de fazer dieta, porque senão, é a alma que se contorce, nos desníveis e poços fundos dos passeios de Lisboa, cuja residual escola de calceteiros aplica a sua arte, para proteger as patas de quem tem dinheiro, para melhor nos espezinhar.
Caí porém na realidade, ao lembrar-me que a magra Dona Zaida, minha vizinha, partiu o pé na Rua Prior do Crato há uns anos, por causa dos mesmos buracos que me atormentam.
Caminhar? Não, Obrigado!
Luís Filipe Maçarico
Os meus amigos, dizem-me que... tenho de andar!
Até uma dirigente do serviço onde trabalho... acha que devo andar... mas insiste que tenho de fazer dieta, senão - acrescenta - fico cego e sem pernas...
Todavia, andar por onde?
Os passeios, muitos passeios da cidade estão assim, como as fotografias documentam...
E sempre que me distraio e me entusiasmo a andar, acabo por ir parar às mãos da Doutora Tatiana, a dedicada fisioterapeuta que me acompanha, desde Setembro, por causa dos pés, sucessivamente torcidos e retorcidos, nos empedrados dos passeios de Lisboa, armadilhados por autênticos alçapões, com buracos, declives, planos inclinados e viaturas diversas, estacionadas em cima das portas das casas, afundando ainda mais o solo, para caminharmos, como se estivéssemos numa pista de circo ou num campo de batalha...
Um dia destes pensei: Tenho mesmo de fazer dieta, porque senão, é a alma que se contorce, nos desníveis e poços fundos dos passeios de Lisboa, cuja residual escola de calceteiros aplica a sua arte, para proteger as patas de quem tem dinheiro, para melhor nos espezinhar.
Caí porém na realidade, ao lembrar-me que a magra Dona Zaida, minha vizinha, partiu o pé na Rua Prior do Crato há uns anos, por causa dos mesmos buracos que me atormentam.
Caminhar? Não, Obrigado!
Luís Filipe Maçarico
Olhe há dias ouvi um médico dizer que nadar ou dançar eram tão bons exercícios como caminhar. Porque não experimenta?
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Movimenta-te
ResponderEliminarabre as asas
e voa
este país está cheio de buracos
Movimenta-te
ResponderEliminarabre as asas
e voa
este país está cheio de buracos