domingo, abril 06, 2008

Um Chá de Longe


A flor de jasmim
É agora uma pequena mancha
de células descoloridas, murchas
Mortas. Há uma gramática
de ausência nesse vulto
que repousa entre a memória
e uma cerâmica de Nabeul.

Embalando o corpo, poiso na mesa
um chá de longe enquanto
a nuvem de pombos atravessa
o domingo e o "Adagio"
de Albinoni...

Luís Filipe Maçarico, "Caligrafia do Silêncio", p.13, Lisboa, 2004 (1ª edição), 2006 (2ª edição).
Foto:LFM

5 comentários:

  1. Caro Amigo,
    Mil vezes obrigada.
    Eu diria sempre e sempre:
    "Não é fácil viver sem nos sentarmos um dia na árvore dos versos que dão flor"!
    E diria mais pessoalmente a quem quero deixar um bocadinho de mim e em voz alta:
    Não quero viver nem morrer longe da música, dos versos caligáficos que furam o silêncio.

    Este, a mim diz-me muito, mais uma vez obrigada,feliz poeta;)
    Um beijinho amigo,
    Ana

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  2. Caro Amigo,
    Mil vezes obrigada.
    Eu diria sempre e sempre:
    "Não é fácil viver sem nos sentarmos um dia na árvore dos versos que dão flor"!
    E diria mais pessoalmente a quem quero deixar um bocadinho de mim e em voz alta:
    Não quero viver nem morrer longe da música, dos versos caligáficos que furam o silêncio.

    Este, a mim diz-me muito, mais uma vez obrigada,feliz poeta;)
    Um beijinho amigo,
    Ana

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  3. Amigo, hoje foi o meu dia de chá na caligrafia do silêncio.
    Um silêncio de gritos doridos de raiva, de revolta e música. Albinoni com o Ave Verum?
    Será possível tomar o chá???

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  4. Olá, amigo Luís! Tudo bem contigo?

    Aprecio muito os teus versos, a tua poesia... O Jasmim diz-me muito! Obrigado pela partilha, pelo perfume dos teus dias...

    Abraço,
    Fernando Manuel

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  5. Uma chavena de chá
    Um aroma a jasmim
    Um amigo que dá
    Um abraço sem fim
    As palavras sábias
    Trazendo um recado
    Para mim,são poesia
    Com um toque a fado.

    Abraço da amiga Rosa

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