quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Rosas ou Espinhos?


Os meses de Inverno desta temporada 2009/2010 ressuscitaram a chuva e o frio, que estavam arrecadados nas brumas da memória.
Os rostos andam carregados. E como se já não bastasse uma certa forma - porca - de fazer política, se quisermos lembrar as caricaturas, infelizmente tão actuais, de Rafael Bordalo Pinheiro, o próprio clima fez e faz caretas, obrigando a cancelar Carnavais e sonhos.
Mas como me dizem em todo o lado, isto há-de melhorar.
No "Público" de hoje, falando do actual Partido Socialista, Ana Benavente, diz que "confundiu-se modernização com "coisas" tecnológicas, confundiu-se desenvolvimento com exploração e desregulação dos direitos dos trabalhadores, confundiram-se direitos individuais com causas avulsas" (página 29) e Pedro Baptista, ex-deputado e membro da distrital do PS - Porto afirma que aquele partido "tem vivido numa ditadura do silêncio e agora, porque o líder tem um problema, carrega-se no botão e acciona-se o rebanho." E este dirigente acrescenta: Este não é o Partido Socialista Nacional Alemão" (página 6 do referido diário)
Enquanto o São Pedro, os Deuses, enfim, quem pode, derrama chuva e chuva e chuva sobre os caminhos do povo, vamos dizendo uns aos outros: isto não pode ficar assim, havemos de ver a luz ao fundo do túnel!
Esperemos então a Primavera, que em Abril de 1974 trouxe cravos, demasiado mansos.
Que trará desta vez no seu regaço? Rosas ou espinhos? Papoilas ou cardos?
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografia)

2 comentários:

  1. Luis,


    É tão triste observar, à distância,
    um país parasitado de ganância,
    com tantos valores, tradições e ideais de alegria
    a apodrecerem de tristeza,
    a respirarem agonia.
    Porra, já basta.
    Haja quem dê um murro na mesa
    e limpe essa bosta
    que fede em todas as consciências coerentes,
    que fode todos os sonhos decentes
    de liberdade, de verdade e de fraternidade.
    Há que replantar a primavera,
    em todas as estações do ano,
    e desenraizar os parasitas vorazes
    que espalham a fome e o desengano
    e que se julgam muito capazes
    porque conseguem enganar o pessoal
    com o marketing eleitoral.
    É triste ver tantas tristezas
    a mancharem os linhos das mesas
    de Portugal.

    Jose Filipe Rodrigues

    ResponderEliminar
  2. Amigo Zé.
    Não te conhecia como poeta.
    Desses que transportam na veia a força dum povo.
    Dum povo que sabe engolir!
    Que sabe calar!
    Mas que não consente.
    E no dia, em que o vento mudar;
    Ouviremos de novo!
    Este nosso povo!
    Por Abril chamar.

    Aquele abraço da amiga certa
    Rosa

    ResponderEliminar