AS CRIANÇAS E OS MONSTROS
A criança entrou numa casa de brinquedos e perguntou:
- Tem carícias para vender?
E o homem respondeu: - Essas coisas não temos,
mas vendemos revólveres, metralhadoras
e canhões para crianças subdesenvolvidas
e bombas atómicas
em miniatura
para meninos de fino trato
pagáveis em dez prestações
e com entrega mensal de um monstro
mais ou menos domesticado
ao cliente que tiver praticado o crime atómico
em miniatura
mais horrível do mundo.
Sidónio Muralha
(Poema recolhido no blogue http://cravodeabril.blogspot.com/2011/05/poema_16.html)
Foto de LFM
Estas lojas de "brinquedos" proliferam, cada vez mais. Autênticos "self-service" para miúdos e graúdos.
ResponderEliminarAbraço!
Não conhecia o poema e fiquei sem palavras...
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana