"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

segunda-feira, novembro 28, 2005

Pré-Apresentação em Alpedrinha da obra "Memórias do Contrabando em Santana de Cambas-Um Contributo Para o Seu Estudo"




Realizou-se no passado dia 26 de Novembro, numa iniciativa conjunta da Liga dos Amigos de Alpedrinha, da Junta de freguesia de Alpedrinha e da Fábrica da Igreja local, o VII Encontro de Poetas de Alpedrinha, no Salão Paroquial.

A primeira parte deste evento foi preenchida com a pré-apresentação do livro “Memórias do Contrabando em Santana de Cambas - Um Contributo para o Seu Estudo”, da autoria de Luís Filipe Maçarico. A edição é da Junta de Freguesia de Santana de Cambas, cujo presidente José Rodrigues Simão esteve presente. A obra foi apresentada por José Alberto Franco e pelo autor, com a participação de Rosa Dias, que disse um poema seu, escrito expressamente para este livro.

Francisco Miguel Barata Roxo, presidente da autarquia local, deu as boas vindas a todos, realçando a qualidade que estes encontros culturais têm apresentado e destacou a qualidade do livro que iria ser divulgado.
José Alberto Franco elogiou as vistas largas do autarca do concelho de Mértola, por se ter abalançado num projecto que é raro as Câmaras desenvolverem, quanto mais as juntas e reforçou a ideia destas iniciativas fazerem falta para nos conhecermos melhor.
José Rodrigues Simão, autarca de Santana de Cambas, agradeceu a hospitalidade beirã e sublinhou a necessidade de serem recolhidos depoimentos dos indivíduos da zona da raia, ainda vivos, que tiveram de fazer contrabando para sobreviver. Referiu ainda que a Junta de Freguesia a que preside concretizou dois objectivos de um projecto, que envolve a criação de um Museu do Contrabando, nomeadamente, um concurso de pintura sobre o contrabando e a edição do livro, cujo lançamento vai ocorrer no próximo dia 17 de Dezembro, pelas 15h30m no novo edifício da Junta de Freguesia de Santana de Cambas. Para esta iniciativa está já convidado o presidente da Junta de freguesia de Alpedrinha.

Luís Maçarico iniciou a sua intervenção declarando que “Há muito desejava partilhar com Alpedrinha este olhar que procura saber mais acerca de quem somos, das raízes, dos comportamentos, dos costumes, das tradições.”
No remate da sua alocução, o antropólogo sublinhou, a propósito do presente trabalho: “Tantas vidas, tanto sofrimento. E tudo para ter direito a respirar, sonhar, existir, sobreviver. Para alimentar e criar filhos, famílias, salvaguardando o património maior que são as pessoas, teimando em manter a identidade da fala e as artes da vida.”
A sessão teve ainda intervenções musicais, a cargo do professor Carlos Ventura e do jovem músico Walter, de Monsaraz. O evento terminou com a actuação dos poetas convidados para este sétimo encontro: Padre Manuel Igreja, Alice Peixeiro, Francisco Amaro, Luís Maçarico e Rosa Dias.
Durante a parte poética, L.M. leu dois poemas do luso-goês Adeodato Barreto, cujo centenário do nascimento ocorre no próximo dia 3 de Dezembro. Foi também lida uma mensagem e dois poemas de Paula Lucas, poetisa alpetriniense, impedida de participar, por motivos de saúde.
Estes encontros têm já um interessante historial, pois realizaram-se 7 estimulantes convívios, 2 dos quais internacionais.
Participaram ao longo deste 9 anos, 24 poetas, sendo 8 deles das Beiras, 6 do Alentejo, 5 de Espanha e 5 de Lisboa, além de 2 declamadoras da capital e uma da Beira Alta.
(fotografias de Monia Roxo)

7 comentários:

Manuel Silva disse...

Fico muito feliz de saber que tudo correu bem, esperando que possa ir no dia 17 de Dez.
O teu relato é sempre muito esclarecedor e que faz com que as pessoas que não puderam ir consigam ter uma ideia do que lá se passou. Brigado.

Margarida Bonvalot disse...

Grande, grande Luis! Beijos e abraços.

zoltrix disse...

Parabéns pela iniciativa e pelo seu sucesso.
Um abraço!

oasis dossonhos disse...

A minha gratidão pelas vossas visitas. Vou estar atento às respirações de "Pedra" (não consigo escrever nos comments do seu blog) e "Zoltrix". Muito obrigado também à fraternidade de Mané e Guida.
Um abraço a todos
LFM

António Caeiro disse...

As minhas visitas aqui por estas bandas já começam a ser diárias, e aproveito para deixar um abraço.

Sonia F. disse...

Vejo que foi mais um momento muito bonito na tua vida, Luís. Espero que muitos mais se repitam e estou feliz por poder participar no próximo que já se avizinha.

Anónimo disse...

Luis
Fico feliz por mais uma vez a poesia ter aquecido o granito de Alpedrinha. Com estas fotos, viajei para o passado e ainda consegui estar entre vós.Pelo rosto das pessoas sei que tudo correu muito bem.
Parabéns, tu mereces.
maria josé lascas fernandes